O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, fez seu primeiro pronunciamento oficial após o rebaixamento do clube para a Série B do Brasileiro. Nesta quinta-feira, Brillinger concedeu uma longa entrevista coletiva no Estádio Orlando Scarpelli, onde falou sobre a nova realidade do clube, responsabilidades, problemas com o grupo e corte de orçamento.

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Brillinger também revelou a nova função que o seu assessor, Branco, terá à frente do clube. Confira abaixo os principais trechos da coletiva do dirigente alvinegro.

O Figueirense ainda tem duas partidas pela frente na Série A. Neste domingo, às 19h30min, o Alvinegro recebe o Fluminense. Na outra semana, encerra seus compromissos diante do Sport, em Recife.

Responsabilidades

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– Eu queria pedir desculpas para a minha torcida, ao meu conselho e a todos os funcionários do clube. Colocar que toda a responsabilidade desse ano do Figueirense é minha. Tenho consciência que procurei fazer de tudo, vivi 24 horas esse clube, dei tudo de mim, e infelizmente, o grupo não respondeu.

Treinadores

– Tentamos, inicialmente, começar o ano com um treinador de muita conversa, um treinador que tinha o seu método de trabalho, bem tranquilo, e o grupo não respondeu. Procuramos um treinador mais enérgico, o Argel, o grupo não respondeu. Aí buscamos um treinador que possui as duas características e o grupo não respondeu também.

Grupo de jogadores

– Nosso problema foi a formação de grupo. Tentamos de todas as alternativas, eu como presidente, procurei dar todas as condições, cumprindo as minhas obrigações em dia, pagando salários, bichos e premiações. Chegou um determinado momento da competição, na virada do turno, onde tomei a decisão de aumentar as premiações por vitórias, que já eram boas, aumentei. E o grupo, mais uma vez, não respondeu.

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Lições

– O que nós temos é tirar proveito, acho que por pior que seja a derrota, você sempre tem que tirar algo positivo. Estamos aí, sim, entusiasmados para a gente entrar em 2017 para fazer um grande ano.Vamos monta o planejamento para 2017, vamos trabalhar dia e noite, e esse é o momento mais importante, que é a montagem do elenco. Vamos tentar errar o menos possível.

Perfil de errado de grupo

– Eu conversava dia sim e dia não com os jogadores, comissão e fora de campo esse grupo tinha o comprometimento, eu saia das conversas entusiasmado, só que chegava dentro de campo, nada acontecia.Tínhamos muitos atletas emprestados. Muitos atletas que não se comprometeram, não vestiram a camisa do Figueirense como tinha que vestir. Tivemos problemas de formação de grupo, de contusão, temos atletas importantes que não jogaram 50% das partidas do Brasileiro.

Arbitragem

– Tivemos um problema muito sério, mas influenciou, sim, tenho certeza que se a gente não tivesse sido prejudicado pela arbitragem, se já não tivéssemos ainda garantidos, estaríamos lutando para ficar. Vocês acompanharam nossos relatos, não quero repetir tudo, fui para a CBF, a minha fala depois do jogo contra o Palmeiras, contra o Atlético-MG. A nossa razão era tão grande e tão forte, isso nos prejudicou demais.

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Branco e Marquinhos Santos

– O departamento de futebol está montado. Renegociamos o contrato do nosso treinador, em função de um novo cenário. A partir do momento que a gente não permaneceu, a gente renegociou. O Branco segue no Figueirense, como meu assessor, em uma nova realidade, mas a função operacional dele vai mudar totalmente. Eu trouxe ele para trazer um trabalho institucional na CBF, hoje eu trago para ele integrar o departamento de futebol, ele está vindo para Florianópolis, vai trabalhar diariamente no departamento de futebol do Figueirense.

Perfil de equipe para 2017

– Queremos atletas comprometidos, que queiram vencer na vida. Vamos evitar ao máximo empréstimo de atletas. Mesmo com orçamento reduzido drasticamente, não vamos deixar de montar um time competitivo. No Catarinense vamos disputar mais uma vez o título. Tem a Copa do Brasil, a Sul-Minas-Rio e a Série B, e o nosso primeiro grande objetivo é voltar para a Série A.

Orçamento reduzido

– Cai a cota de televisão, mas o Figueirense não vive só de televisão. Nós vamos buscar novos recursos, vamos fazer de tudo para fazer um grande 2017. Passa pela venda de atletas também, não vamos entregar atletas a preço que não é compatível com a quilo que a gente entende. São outras fontes de renda que precisamos buscar.

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