Problema antigo e conhecido da população de Florianópolis, a atuação de flanelinhas dentro e fora do terreno onde se localiza o Departamento de Trânsito de Santa Catarina (Detran/SC), no bairro Estreito, sofreu um golpe desde a semana passada, quando dois policiais militares do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP) passaram a trabalhar no local.
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Pelo menos dentro do estacionamento do Detran, a atividade dos supostos guardadores de carros foi inibida pela presença dos PMs, que atuam na reserva da corporação e circulam pela área externa do Detran. A equipe da Hora esteve no local e constatou que agora quem procura o prédio público consegue, se houver vagas no pátio da unidade, estacionar o veículo sem ter que desembolsar para isso.
— Melhorou bastante com os policiais por aqui. Antes, eles cobravam de todo mundo, e tinha dias que até brigavam entre si — afirma Nicole Silva, 22 anos, que trabalha em um escritório de despachante e precisa ir com frequência ao Detran.
Via com grande circulação de pessoas, a Rua Ursulina de Senna Castro, que passa em frente ao Detran, sempre foi um prato cheio para flanelinhas que costumam constranger motoristas que precisam ir ao órgão público. Nesta terça-feira, quatro homens ainda abordavam motoristas do lado de fora do prédio público. A maioria das pessoas deixava moedas e pequenas quantias de dinheiro com eles.
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— Os policiais foram contratados para trabalhar seis horas diárias, e começaram as atividades na última segunda, dia 15. A situação melhorou com a chegada deles — relata Raqueane Feijó, secretária de gabinete do diretor do Detran estadual, Vanderlei Olívio Rosso, antes de dizer que mesmo do lado de fora, onde os flanelinhas ainda atuam, “a presença dos policiais tornou as abordagens aos motoristas menos ostensivas”.
Segundo Raqueane, os policiais também inibiram o trabalho de vendedores ambulantes que atuavam dentro do terreno onde está o órgão de trânsito, e ainda ajudam no atendimento aos cidadãos de uma forma geral, como no caso de pessoas com necessidades especiais.
— A presença dos policiais ali será permanente — concluiu.