Enquanto a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Prefeitura de Florianópolis não chegam a um consenso, as esperadas obras de duplicação da Avenida Deputado Edu Vieira, no bairro Pantanal, que promete desafogar o tráfego intenso na região, não saem do papel.
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A discussão que começou em 2010 ainda não chegou ao capítulo final. Na tarde desta quarta-feira, o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, e a reitora da Universidade, Roselane Neckel, junto com gestores municipais e a Pró-Reitoria discutiram novamente diretrizes e contrapartidas para cessão do terreno.
-Foi uma reunião para alinhar detalhes. Estamos aguardando a aprovação do projeto executivo na Caixa e esperamos até março lançar o edital- disse o secretário de Obras, Rafael Hahne .
A expectativa da Prefeitura de Florianópolis é ainda no primeiro semestre de 2015 começar as obras do sistema viário. A prioridade é conseguir junto a Caixa a autorização do projeto executivo, paralelamente à negociação com a UFSC.
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A prefeitura atualmente entrega as solicitações complementares à Caixa. Para o secretário de Obras, até o fim de março o projeto estará aprovado e começa então a licitação para a obra.
UFSC aguarda diretrizes
A duplicação de uma das principais avenidas no entorno da Universidade depende da cessão de cerca de 20 mil metros quadrados (m²) do terreno que pertence à UFSC. Um longo entrave dificulta a continuidade dos trâmites. Para resolver a questão, uma Comissão de Estudos de Transportes e Mobilidade Urbana do Campus da UFSC discute o projeto inicial desde março de 2013.
Em setembro de 2013, a Comissão concordou em ceder o terreno para obra, mediante diretrizes que foram acordadas com a Prefeitura. Faltava ainda o aval final Conselho Universitário (CUN).
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Em agosto do ano passado a UFSC apresentou à Prefeitura as diretrizes necessárias para a cessão do terreno. Em dezembro, o projeto retornou à Universidade com parte das alterações acordadas. O chefe de Gabinete da UFSC, Carlos Vieira, ressalta que ainda faltavam parte das diretrizes que foram estipuladas pela Comissão junto a comunidade.
-Por quase um ano a comissão avaliou o projeto de traçamos diretrizes. Entregamos o relatório com as sugestões que envolvem questões de mobilidade, para carros, pedestres e ciclistas. Três meses depois, quando a Prefeitura devolveu o projeto ainda faltavam diretrizes. A bola está com eles agora- conclui Vieira.
Para o secretário de Obras o que falta são “detalhes técnicos” que serão discutidos em uma reunião definitiva com a Universidade, após a aprovação do projeto executivo com a Caixa. A obra de ampliação da Edu Vieira é uma etapa de todo o projeto de construção do Anel Viário que está orçado em aproximadamente R$ 45 milhões.
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Linha do tempo
Fevereiro/2010
Data do Projeto básico. Expectativa que as obras começassem em 2011 com previsão de entrega em 2012.
Setembro/2013
A Comissão de Estudos de Transportes e Mobilidade Urbana do Campus da UFSC – criada por portaria da reitora em março de 2013- concluiu a avaliação do projeto para a duplicação e adequação da rua Deputado Antônio Edu Vieira e se posicionou de forma favorável à cessão de terreno da universidade. A ressalva é sejam obedecidos os itens de consenso.
Maio/2014
O Conselho Universitário da UFSC, (CUN) aprova a cessão para a prefeitura dos cerca de 20 mil metros quadrados (m²) necessários para a duplicação. A cessão estava condicionada ao cumprimento das contrapartidas prometidas pela prefeitura no protocolo de intenções entregue à reitoria. No documento foram oferecidas, entre outras coisas, a concessão de 20 mil metros quadrados do parque do Pantanal à Universidade, além de obras de recuperação asfáltica, sinalização na região e construção de ciclovia.
O parecer exigia também a apresentação pública do projeto final de duplicação da Edu Vieira assim que ele estiver pronto. Nesta ocasião, o Conselho ainda poderá avaliar se questões como a extensão métrica, entre outras particularidades do projeto, estão de acordo com o previsto.
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Dezembro/2014
Após análise Departamento de Arquitetura e Engenharia da UFSC conclui que faltam parte das diretrizes propostas.
