Os moradores do edifício Nove de Março foram liberados nesta quarta-feira para voltar para casa após dois meses de interdição do prédio, que fica na esquina da avenida Dr. Paulo Medeiros com a rua Nove de Março – em frente ao monumento da Barca – no Centro de Joinville.
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A estrutura havia sido fechada pela Defesa Civil em 14 de setembro por conta do risco de desabamento, o que causou a evacuação dos 12 apartamentos e o bloqueio das ruas para a passagem de veículos no entorno do local.
‘Era um prédio sólido e moderno’, diz uma das primeiras moradoras de prédio interditado em Joinville
De acordo com o laudo entregue pela empresa que executou a obra de correção na estrutura, o problema constatado no prédio foi a deterioração de parte das ferragens em uma das vigas, “causadas por lenta e irreversível corrosão expansiva das armaduras”, o que causou a falência de uma das pilastras.
O documento afirma que após a realização das ações corretivas, o edifício conta com total solidez estrutural, não existindo risco de colapso ou desabamento. As obras de reparos ocorreram durante três dias e foram concluídas na última quinta-feira.
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– Utilizamos escoras para transferir a carga para outros pilares e para o solo. O pilar foi redimensionado para 40% a mais de carga e o prédio agora comporta até mais um ou dois andares – afirma Bladimir Gonçalves Batista, engenheiro civil da empresa contratada.
Priscilla Castro Neves (D) e a mãe dela estão aliviadas por poder voltar para casa
A turismóloga Priscilla Castro Neves, 31 anos, é moradora do edifício e participou da reunião com a comissão que avaliou o laudo apresentado pela empresa e liberou o prédio. Ela saiu aliviada em saber que poderá voltar para casa junto com a família antes do Natal.
Priscilla divide o apartamento com a mãe, o irmão e as cachorras. A tia, tio e primo dela também moram em um apartamento ao lado. Após a interdição, eles conseguiram retirar apenas as roupas e pertences pessoais. Eles ainda tiveram que se separar porque não acharam um local que alojasse toda a família junta.
– Fico aliviada só de saber que a gente vai voltar para casa e que não tem risco de cair. Todo dia, eu acordava e ligava o rádio esperando que alguém fosse dizer que o prédio caiu. Também sofremos muita chacota nas redes sociais e é difícil saber que as pessoas mexem com os sentimentos dos outros e não veem o que elas estão passando – conta.
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Liberados para voltar para o edifício, os moradores ainda terão que realizar algumas obras de prevenção no condomínio, mas que não são emergenciais. No entanto, eles devem apresentar um laudo estrutural dentro de 30 dias para comprovar que as reformas foram realizadas. Segundo a Prefeitura, o Departamento de Trânsito tem um prazo de 48 horas para liberar as ruas para circulação de veículos no entorno do prédio.