Uma das primeiras moradoras do Edifício Nove de Março, prédio que foi interditado na quarta-feira pela Defesa Civil de Joinville, Ivete Stelter recebeu a notícia com tristeza.

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Ela não mora mais no local há 46 anos, mas garante que viveu lá os melhores anos de sua vida. Foi nesse período, entre 1963 e 1970, que nasceram seus três filhos.

– Era um lugar ótimo. O ponto era bonito e o rio era mais saudável. Foi uma época muito feliz da minha vida – conta.

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Ter uma boa estrutura já era uma preocupação na época em que o prédio foi construído, entre os anos de 1955 e 1960, por causa da proximidade com o rio, segundo recorda a ex-moradora. Bem por isso, foi erguida por uma empresa do Rio de Janeiro, uma das mais bem equipadas. Apesar de tantos cuidados, Ivete destaca que na época o rio não passava tão próximo do prédio. O curso das águas era outro.

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Ivete relembra que a obra era uma construção moderna para, um dos primeiros prédios da cidade a ter elevador.

– Era uma construção sólida e moderna. Os apartamentos já tinham dois banheiros, coisa pouco comum na época, e a porta vinha equipada com ‘olho-magico’, coisas que na época eram um grande avanço.

O prédio fica localizado na esquina da avenida Dr. Paulo Medeiros com a rua Nove de Março (prédio verde situado em frente ao monumento da Barca). Por volta das 14h30 de quarta-feira, os moradores começaram a receber o aviso de que precisavam deixar os apartamentos.

Foi identificada a ruptura de um pilar central, que podia ser submetido a um carregamento na ordem de 60 toneladas. Conforme análise técnica preliminar, o carregamento dessa estrutura com cinco pavimentos (térreo e mais quatro) foi transferido para pilares adjacentes, que podem apresentar limitações.

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