Com o objetivo de conseguir mais médicos para a rede pública de Joinville, a Prefeitura enviou um projeto de lei à Câmara de Vereadores na quarta-feira em que propõe dois convênios no valor de cerca de R$ 4,1 milhões com a associação não-lucrativa Instituto Vida de Assistência a Saúde, para o fornecimento de ortopedistas e clínicos-gerais. A entidade já está credenciada para a prestação do serviço.

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A associação, segundo a secretária de Saúde, Larissa Brandão Nascimento, tem convênio com o governo do Estado e com outros municípios de Santa Catarina.

Por meio da ampliação no quadro de médicos, a Prefeitura espera diminuir a fila da ortopedia, que hoje é de 15.636 pacientes, e preencher vagas nas escalas da clínica-geral. A secretária explica que o projeto prevê a contratação de horas e procedimentos.

Na clínica-geral, é estimada a compra de 1.800 horas para plantão em pronto-atendimento (PA), o que se reverteria em aproximadamente nove mil procedimentos.

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-A gente imagina esse número, mas vai depender da situação do pronto-atendimento-, alerta Larissa.

O documento também propõe a contratação de 288 horas para a ortopedia nos PAs, 1.100 consultas e 550 cirurgias.

-Eles terão de fornecer o número de médicos necessário para atender às horas e o número estimado de procedimentos-, diz Larissa.

Uma das mudanças que o projeto pode causar na rede de saúde é que os pacientes com problemas ortopédicos não terão mais de se consultar no Hospital Municipal São José, mas nos PAs. O que também vai ajudar a desafogar o hospital, defende Larissa.

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A Prefeitura alega no documento que tomou a decisão de contratar uma associação para o fornecimento de médicos após tentativas frustradas de editais de credenciamento de médicos.

A secretária também explica que o projeto se baseou na tabela SUS para orçar os valores, que, dependendo do número de consultas, procedimentos e cirurgias, pode ser maior ou menor.

Foram estimadas seis parcelas mensais de R$ 370,6 mil para a ortopedia e R$ 326,8 mil para a clínica-geral. Para virar lei, o projeto deve passar pelas comissões de Constituição e Justiça e de Finanças, além da de Saúde, o que a secretária espera que ocorra até a próxima quarta. Se aprovado, os novos profissionais começam a partir do dia 15 de abril.

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Limpeza na fila de consultas

A secretária de Saúde, Larissa Grun Brandão Nascimento, informa que vai se reunir nos próximos 15 dias com os agentes comunitários de saúde. Serão nove encontros divididos por regional, em que ela vai treiná-los e apresentar a eles o manual de como eles devem agir em cada residência para checar se o morador deve ou não permanecer na fila de consultas, que hoje é de 109.883 pacientes.

-Eles vão conferir o endereço, telefone, número do cartão SUS, se o paciente já resolveu o problema de saúde por meio da iniciativa privada-, esclarece Larissa.

O primeiro critério para compor a fila é a ordem de chegada, no entanto, a condição do paciente é submetida a uma classificação de risco, feita por um médico regulador, que vai avaliar o grau de urgência do problema, o que pode levar ou não o paciente para a frente da fila, esclarece Larissa.

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A secretária acredita que a equipe deve começar a visitar as casas no início de maio e que o trabalho vai levar cerca de dois meses para ser concluído.