No primeiro dia de greve dos servidores públicos de Joinville, poucos serviços foram afetados e uma nova rodada de negociações começou entre o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville e a Prefeitura de Joinville. No fim da manhã desta segunda-feira, 12 de junho, a Prefeitura ofereceu ao Sindicato dos Servidores uma nova proposta de revisão salarial, subindo o reajuste de 2% para 3%. Ela não foi aceita pelo Sindicato e uma nova reunião foi agendada para as 17 horas.

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Segundo o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, não houve acordo porque esta proposta não chega nem ao índice da inflação (3,99%). Os servidores pedem ainda mais 5% de ganho real para começar a recuperar as perdas salariais dos últimos anos.

Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira, o prefeito Udo Döhler descartou a possibilidade de atender a esta proposta de reajuste acima da inflação.

— O que o sindicato está pedindo é ficção. Poucos serviços públicos concederam reajuste com ganho real e no setor privado, nenhum está fazendo esta correção salarial — afirmou o prefeito.

Aos jornalistas, ele confirmou que a Prefeitura irá atender um dos pontos da pauta de reivindicação, corrigindo o Vale Alimentação pelo índice de inflação. A medida é prevista por lei e tinha 1º de maio como data-base.

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Adesão é baixa no primeiro dia

Segundo a Prefeitura de Joinville, a contagem feita durante a manhã mostrou que a ausência ao serviço em todas as unidades da Prefeitura, onde trabalham 12 mil servidores, era de 821 servidores (6,8%). As áreas mais atingidas foram a Educação (545 ausências) e saúde (207 ausências nos postos de saúde e 4 no Hospital São José). O Sindicato afirmou, em porcentagem, um número maior, de cerca de 30%.

Questionado sobre o desconto dos dias faltados pelos grevistas, o prefeito enfatizou que todos terão os dias abatidos dos salários.

— Já anunciamos ao sindicato que haverá desconto a partir de hoje. Neste ponto, não faremos nenhum tipo de concessão. São pessoas que devem assumir a responsabilidade por seu trabalho em serviços essenciais — disse o prefeito.

Adesão:

Secretaria de Educação – 545

Secretaria da Saúde – 207

Secretaria de Assistência Social – 32

Seinfra – 14

Secretaria de Cultura – 9

Seprot e Detrans – 8

Hospital São José 4

Secr. Desenvol. Rural – 1

Ouvidoria – 1

Locais mais atingidos pela greve:

UBS da Ilha (Espinheiros) – Não funcionou

UBS Edla Jordan (Petrópolis) – Só funcionou a farmácia

UBS KM 4 (Santa Catarina) – Não funcionou

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