A ponte Trindade, entre o bairro Santa Luzia, em Jaraguá do Sul, e o município de Schroeder, foi totalmente interditada na tarde desta terça-feira. A decisão de interromper o tráfego de veículos leves foi do prefeito Dieter Janssen (PP) e a Defesa Civil de Jaraguá do Sul.

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A estrutura estava aberta em meia pista desde 26 de dezembro, dois anos depois de inaugurada, quando foi constatado que os pilares que sustentam o acesso cederam.

Enquanto isso, os moradores que precisam se deslocar entre os dois municípios devem dar a volta pelos bairros Santa Luzia e João Pessoa, em Jaraguá, ou Itoupava Açu, em Schroeder.

Existem três acessos: pelas duas as pontes de concreto do Itoupava Açu e do Santa Luzia, a cerca de quatro quilômetros, ou pela travessia metálica no bairro João Pessoa, a cerca de sete quilômetros, aberta apenas para pedestres, ciclistas e motociclistas. A Prefeitura também avalia a possibilidade de construir uma estrutura provisória no local para pedestres e ciclistas.

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O diretor de Defesa Civil, Maicon da Costa, diz que a ponte foi fechada para evitar o risco de acidentes. No entanto, disse que somente uma análise criteriosa da empresa responsável e dos engenheiros da Secretaria de Planejamento pode constatar se existe a possibilidade de a ponte cair. Ainda não há data para a avaliação ocorrer.

Entregue em dezembro de 2010, a estrutura foi construída sobre a base de uma ponte antiga que era de madeira. A obra foi viabilizada por uma parceria entre as prefeituras de Jaraguá e Schroeder e o governo do Estado, com investimento de R$ 465 mil. Por enquanto, não há previsão de quando a ponte será reconstruída.

O gerente de infraestrutura da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), Otoniel da Silva, diz que o órgão está avaliando de quem seria a responsabilidade pela reconstrução da ponte.

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– Vamos avaliar o memorial descritivo e o edital para saber quais serviços estavam previstos com a construtora responsável – comenta.

O engenheiro responsável pela obra Marcelo Augusto Quintanilha, da empresa Arcos Engenharia e Construções Civis Ltda, de Londrina (PR) afirma que a parte da ponte que apresentou problemas não foi executada pela construtora. Segundo ele, o edital de contratação da empresa previa apenas a execução da parte superior da ponte e que os pilares seriam mantidos.

O presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Luzia, Vilmar Delagnolo diz que o movimento na ponte praticamente duplicou desde o segundo semestre do ano passado, quando a rua Arthur Ropelato, que dá acesso à estrutura, foi asfaltada. Dono de uma distribuidora de alimentos no bairro, ele mesmo costuma usar a ponte toda a semana para fazer entregas em Schroeder.

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– Muitos moradores do bairro usam os serviços de Schroeder, e vice-versa, por causa da proximidade. Esperamos que essa situação seja resolvida o quanto antes – destaca.