O mesmo problema voltou a prejudicar as 45 entidades de educação e assistência social conveniadas com a prefeitura de Florianópolis: o atraso nos repasses de verbas. As ONGs afirmam que as datas de pagamento deveriam ter sido anunciadas no último dia 20 pela prefeitura, o que não aconteceu. Mais de 2,6 mil crianças e adolescentes são atendidos e oito centros de acolhimento estão sob responsabilidade das organizações.

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Trata-se da décima parcela dos convênios firmados, a última das entidades educacionais. Já as entidades de assistência ainda possuem outras duas parcelas atrasadas, que deverão ser pagas em janeiro e fevereiro. Algumas dessas ONGs começaram a receber os valores, outras não. É o caso do Instituto Vilson Groh.

— Nós fizemos um acordo com o prefeito e, para nossa surpresa, ele não está acontecendo. Isso nos assusta, porque tem 13º e férias dos professores, além das crianças que nós atendemos. A gente celebrou um convênio com a prefeitura, que é assinado dos dois lados. A nossa parte está sendo cumprida. Por isso, acreditamos que o prefeito vá pagar — destacou o padre Vilson.

Nesta quarta-feira, as entidades que compõem o Fórum de Políticas Públicas de Florianópolis se reuniram para cobrar uma posição da prefeitura. Foi encaminhado um documento à Secretaria da Educação cobrando as datas de pagamento das entidades. Já no gabinete do prefeito, o Fórum afirma que não conseguiu protocolar.

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Em entrevista à Rádio CBN Diário (a partir de 50’20”) na terça-feira, o prefeito Cesar Souza Junior lembrou que, para pagar os débitos restantes, o município tirou o apoio à festa de Réveillon, que irá acontecer sem verba pública.

— Nós pagamos o mês de novembro, conforme compromisso, de todas as entidades e já iniciamos o pagamento de dezembro. Lembrando que eu assumi com quatro meses de atraso. E por onde começamos? Pelas entidades que atendem crianças e idosos — prometeu o prefeito.

Cesar Souza Junior afirmou que, na terça-feira (20), foi fechado o 13º dos servidores e que a partir dessa data o município iria quitar os repasses.

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— Vamos agora até o final do mês, conforme as nossas forças, pagando para tentar chegar ao final do ano com todas as entidades pagas. Nós reajustamos muito os valores e estamos chegando no final do ano numa situação melhor do que tínhamos ao assumir — destacou o prefeito.

No dia 23 de novembro, as ONGs chegaram a paralisar as atividades em razão da falta de recursos. Na época, professores e assistentes sociais protestaram em frente à prefeitura e conseguiram uma reunião com o prefeito. Foi quando foi houve o compromisso de pagamentos que agora as entidades reclamam não estar sendo cumprido.