O estudo encomendado pela prefeitura à Univali não foi levado em conta na hora da regulamentação da Taxa de Preservação Ambiental de Bombinhas (TPA) – um outro levantamento foi feito pela própria administração com base em câmeras instaladas na entrada da cidade. De acordo com o professor da Univali e responsável pela pesquisa, Marcus Polette, foi uma surpresa saber que a tarifa foi aprovada antes do estudo ser concluído. Para ele, a prefeitura poderia ter procurado a universidade para buscar esses dados.
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– Acho que essa taxa vai ser muito importante para o município, desde que junto com ela outras ações sejam tomadas, como a revisão do plano diretor e um plano de saneamento. O que os estudos estão apontando não está adequado com a tomada de decisão que o município teve – informa.
Polette também ressalta que o município está no seu limite de crescimento, em função da cidade não ter esgoto tratado. A falta de água na temporada, segundo ele, é o resultado da falta de capacidade de carga da cidade. O estudo, que levará mais dois anos para ser concluído, apontou que uma média de 100 mil pessoas entraram na cidade por dia durante o último veraneio.
A prefeita Ana Paula da Silva comenta que não foi intenção do município desprezar o estudo feito pela Univali, mas como ele não estava concluído, a administração optou por instalar câmeras que monitorassem o fluxo de veículos e o tempo de permanência para embasar a regulamentação da taxa.
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Dados preliminares do estudo da Univali:
– 91% das pessoas que chegam na cidade vem de carro, com uma média de três pessoas por automóvel
– 57% dos entrevistados concordariam em pagar uma taxa para entrar na cidade
– 70% dos entrevistados consideram que a taxa tem que ser paga por veículo
– 90% dos entrevistados dizem que a taxa deve estar entre R$ 5 e R$ 10
– 57% dos entrevistados afirmam que o valor da taxa deveria ser investido para melhoria do acesso
– 90% dos entrevistados dizem que deveria existir um acesso secundário pelo morro de Zimbros
– Bombinhas tem 461.781 m² de praia e a média de 100 mil pessoas que chega na cidade por dia na temporada faz com que o conforto na areia da praia seja razoável
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