A Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais está construindo o edital para a abertura de um novo processo de licitação para as empresas do transporte coletivo em Florianópolis. Segundo o secretário Valmir Humberto Piacentini, a promessa do prefeito será cumprida até setembro de 2013 e, desta vez, somente uma empresa deverá comandar o sistema de transporte coletivo na cidade.
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Desde 2009, quando se encerrou o processo realizado em 1999, se arrastam promessas de outras gestões para a mudança das empresas no comando do transporte coletivo na Capital. Em outubro de 2012, o prefeito Cesar Souza Junior firmou em campanha eleitoral o compromisso de publicar uma nova licitação para as empresas do setor.
Diário Catarinense – Qual é o prazo para a abertura do novo processo de licitação das empresas do transporte coletivo?
Valmir Humberto Piacentini – Existe um prazo para elaborarmos o edital, que é a primeira parte. O prefeito nomeou uma comissão para construirmos juntos o processo licitatório. O tempo previsto é de quatro meses a partir do dia 15 de abril deste ano. Depois, demora uns 45 dias para receber as propostas dos concorrentes.
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DC – Quem faz parte da comissão?
Piacentini – Eu faço parte, ao lado do secretário de administração e previdência, do secretário de governo. Sete pessoas especializadas fazem parte da comissão. Estamos trabalhando para tudo ficar pronto em 4 meses, exatamente como o prefeito deseja.
DC – E como avançou discussão para a nova licitação?
Piacentini – Com calma. Estamos discutindo com muito cuidado para evitar embargos depois do lançamento do edital. Em outros locais do Brasil, esses projetos que modificam muito as cidades sempre resultaram em problemas. Um embargo desse tamanho pode atrasar o processo um ano ou dois anos, e aí tudo vai para o buraco.
DC – Até o fim do ano a licitação estará concluída?
Piacentini – Eu quero acreditar que sim. Estamos nos esforçando para isso. Queremos lançar em setembro ou até mais cedo. O projeto é muito completo, envolve todas as linhas, mais as novas que talvez possam ser lançadas, sempre de acordo com a necessidade do usuário. Temos que prever corredores de ônibus, se vai haver ou não um sistema de localização de onde está o ônibus. Tudo isso precisa e será estudado, mas ninguém faz isso em apenas dois meses.
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DC – Além das empresas, o sistema também será modificado?
Valmir Piacentini – Sim, teremos que mudar o sistema. Não queremos mais tarifar por quilômetro rodado, precisa-se de um fluxo de caixa. O prestador (empresa) tem que ser eficiente ao máximo.
DC – Esse novo processo licitatório vai prever a mudança do atual sistema de integração?
Piacentini – Sim, vamos estudar uma nova maneira, melhor ainda, com os municípios próximos. Isso precisa existir.
DC – Qual será a principal mudança no sistema de transporte de Florianópolis?
Piacentini – A mudança no valor da tarifa, essa é a principal mudança. Deixar esse negócio que existe há 20 anos de cobrar por quilômetro rodado. Se tiver passageiros para mais ônibus, iremos colocar, e isso não vai custar caro.
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DC – Será mantido o número de empresas?
Piacentini – A tendência é que haja uma empresa ou um consórcio só. Por que? Se tivermos cinco empresas como hoje, vamos ter cinco oficinas, cinco administrações, cinco postos de gasolina. Hoje temos funcionários que fazem um serviço que pode ser feito por uma só empresa, e isso também reduziria o custo da tarifa.