Um possível acordo entre o sindicato dos servidores municipais de Florianópolis (Sintrasem) e a prefeitura parece cada vez mais longe. O prefeito Cesar Souza Junior anunciou nesta quinta-feira (11) que o município entrou na Justiça do Trabalho pedindo a ilegalidade da greve, que já está no quarto dia.

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Última greve foi feita em março e durou duas semanas

César também informou que será feito o corte do ponto dos funcionários pelos dias não trabalhados. O Sintrasem diz que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial. De qualquer forma, a paralisação continua. Uma nova assembleia dos trabalhadores para decidir o futuro do movimento acontece na tarde de sexta-feira na praça Tancredo Neves.

Os servidores em greve reclamam do atraso no repasse pela prefeitura à segunda parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PPCV), em função da queda na arrecadação. Outra reclamação é em relação à criação do fundo previdenciário. Para o sindicato, o PL 1560 vai usar a verba da previdência para outros fins e tirar a segurança financeira dos aposentados.

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— O prefeito diz que quer discutir com os trabalhadores, mas não tira o projeto da Câmara. Se ele quisesse discutir, teria aberto diálogo antes de mandar o PL direto para o Legislativo. Nos dispomos a discutir os rumos da previdência, mas não esse projeto — argumenta a diretora de comunicação do sindicato, Ana Cláudia Silva.

Servidores da prefeitura de Florianópolis entram em greve pela segunda vez no ano

A prefeitura suspendeu até o dia 30 de agosto o projeto na Câmara e criou uma comissão paritária para debater o PL com membros do executivo, do Instituto de Previdência de Florianópolis (IPREF) e do Sintrasem.

O prefeito segue batendo na tecla de que a greve tem fins eleitoreiros e que os salários dos funcionários estão em dia. Reclama que os mais prejudicados são as crianças de escolas municipais e pacientes que precisam de medicamentos para doenças crônicas.

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— Diante da negativa do sindicato quanto à proposta oferecida pela Prefeitura e por causa da manutenção do movimento grevista, que já perdura por quatro dias, não haverá mais negociação até que os servidores retornem ao trabalho —afirmou.