A partir da meia noite de domingo para segunda-feira, os funcionários da prefeitura de Florianópolis iniciam a segunda paralisação do ano. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (03) em assembleia que lotou a frente da Câmara de Vereadores.

Continua depois da publicidade

Última greve foi feita em março e durou duas semanas

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Município (Sintrasem), ficarão fechadas escolas, creches, postos de saúde, os centros de assistência social, obras e serviços administrativos. As Unidades de Pronto Atendimento manterão os serviços de urgência e emergência, e o Samu irá permanecer com 100% do atendimento. Já as farmácias de referência devem funcionar somente em 30%.

O transporte público e a coleta de lixo não serão afetados, pois os trabalhadores desses serviços pertencem a outros sindicatos.

Continua depois da publicidade

Desta vez, são duas as principais reivindicações da categoria. A primeira é o atraso no pagamento da segunda parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). O sindicato argumenta que esta deveria ter sido paga em maio. A segunda questão é o projeto de lei que altera o sistema do fundo previdenciário. O PL propõe a passagem do fundo previdenciário para o fundo financeiro.

— O projeto que o prefeito mandou para a Câmara prevê a migração de quem tem mais de 64 anos do fundo antigo para o fundo novo. Com isso a prefeitura se desresponsabiliza com a previdência desses trabalhadores. É uma manobra política para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal — contesta a diretora de comunicação do Sintrasem, Ana Silva.

A prefeitura ainda não foi notificada da decisão, mas o prefeito Cesar Souza Junior, confirmou que pediu a suspensão da votação do projeto de reforma da previdência na Câmara.

Continua depois da publicidade

— Vou procurar o sindicato e os servidores. Acho que há desinformação. Eu vou procurar eles e comprovar que o que a gente está fazendo é uma coisa boa para o servidor, boa para o sistema previdenciário e que não vai descapitalizar. Pelo contrário, vai fortalecer o sistema de previdência do município — argumenta o prefeito.

Em março, o Sintrasem organizou uma greve que durou duas semanas na Capital. O movimento foi encerrado após a categoria aceitar proposta salarial da prefeitura, que ficava abaixo do reivindicado. O reajuste foi de 6%, parcelado em quatro vezes, e não 10%.