Os carros alegóricos que jazem na Passarela Nego Quirido desde o fim do carnaval de Florianópolis, há cinco meses, finalmente começaram a deixar o depósito improvisado. No entanto, as esculturas só vão sair mesmo é do campo de visão das pessoas que passam pelo Centro da cidade. A Secretaria de Turismo da Capital está colocando as estruturas embaixo das arquibancadas.
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Conforme o superintendente de Turismo do Município, Vinicius De Lucca Filho, no máximo até 15 dias todo o serviço de retirada do material estará pronto. Em entrevista à Rádio CBN Diário nesta terça-feira (24), ele informou que a prefeitura havia dado um período para as escolas de samba retirarem os veículos do local e que esse prazo já encerrou.
— Passado o tempo sem que as escolas conseguissem viabilizar esses outros locais, nós iniciamos a retirada daqueles carros na segunda-feira passada. Estamos colocando todas as ferragens e os chassis dos carros embaixo da arquibancada. Chamamos os presidentes das escolas e serralheiros para que eles pudessem verificar quais ferragens estão aptas para reutilização no próximo ano. E esse número gira em torno de 90% do material — explicou.
Com dificuldades financeiras, as agremiações ficaram sem condições de pagar o aluguel de galpões. Segundo a Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), cada uma pagava por ano R$ 180.000. No total dá quase R$ 1 milhão por ano. O presidente da liga, Fábio Botelho, disse que decisão da prefeitura foi unilateral. Mesmo assim, a entidade concordou.
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— Os carros vão ficar lá, mas sem as esculturas em cima, ou seja, não vão sair de lá.
O futuro da passarela
De Lucca diz que a principal luta da Secretaria de Turismo com relação à Nego Quirido é aumentar a taxa de ocupação dela durante o ano. Depois do carnaval, historicamente a passarela recebe poucos eventos durante.
— Esse ano nós vamos subir de 47% para 55% essa taxa. Nós alteramos o decreto para poder locar mais vezes. Hoje (24) entrou um circo que vai estar até setembro. Depois nós entramos com a montagem de outros dois grandes eventos que vão até o começo de dezembro. Com essa ocupação, o ambiente se torna mais adequado e seguro.
Sobre a piscina construída em 2009, nunca usada e abandonada ao lado da passarela, o superintendente informou que está em negociação com o Corpo de Bombeiros de Florianópolis para estruturar um projeto de utilização da estrutura. São duas as ideias, uma delas são aulas de natação para pescadores da Grande Florianópolis
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— Tivemos vários casos de afogamento durante o ano o nosso litoral. Além disso, a Secretaria de Cultura e Esporte está realizando reuniões com os diretores da Confederação Brasileira de Remo para transformar aquela piscina numa escola de remo. Precisamos fazer uns pequenos reparos. Nossa intenção é que antes da próxima da temporada a gente possa ter essa escola.
