Acabou o Carnaval, “o ano começou”, mas a Passarela Nego Quirido, em Florianópolis, ainda guarda resquícios daquela semana de festas: os carros alegóricos das escolas de samba. Acontece que das seis agremiações que participaram dos desfiles na noite do dia 10 de fevereiro, apenas Os Protegidos da Princesa tem barracão próprio e conseguiu retirar as estruturas. As outras cinco — Dascuia, Nação Guarani, Unidos da Coloninha, Embaixada Copa Lord e Consulado —, não têm onde levar os carros alegóricos.
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— Não temos condições de pagar o aluguel de galpões. Cada escola pagava, por ano, R$ 180.000. No total dá quase R$ 1 milhão por ano — disse o presidente da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) Fábio Botelho.
O novo estacionamento dos carros alegóricos é um tanto quanto inusitado, principalmente para quem passa pela Avenida Gov. Gustavo Richard e vê aquelas estruturas posicionadas entre a Passarela do Samba e a Baía Sul. Apesar disso, é encarada com normalidade pela prefeitura de Florianópolis.
— Estamos colaborando com as escolas que pediram pra deixar os carros lá, porque a maioria delas não tem barracão. Não há problema algum em deixar ali o tempo que for preciso, até porque não está comprometendo a mobilidade no local e os próximos eventos não serão prejudicados. As escolas estão retirando os adereços de cima dos carros para guardar e a parte de metal vai ficar ali até que as escolas vendam aquela ferragem — disse o secretário municipal de Turismo Vinicius de Lucca.
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Para o próximo ano, a Liesf e a prefeitura abriram conversas para planejar a dispersão dos carros alegóricos após os desfiles, mas a situação ainda está longe de ser definida.