A prefeitura de Camboriú assume durante os próximos dias a gestão do pronto-socorro do hospital da cidade. A medida se faz necessária diante da incapacidade da fundação que gere a unidade em manter os custos da ala de urgências, que chega a R$ 150 mil mensais.
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A prefeita Luzia Coppi Mathias foi notificada pelo Ministério Público no fim da tarde de sexta-feira de que deveria tomar providências. Para que a pronto-socorro não feche as portas, o município vai gerir essa parte da unidade.
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A Fundação Hospitalar de Camboriú havia dado um prazo de 60 dias, que se encerrou no sábado, para que a prefeitura definisse a situação. Do contrário, prometia fechar o pronto-atendimento. A prefeita informa que o custo do pronto-socorro é muito alto para o município, no entanto, não se pode deixar que a ala feche. O Executivo irá decretar situação de emergência para poder agilizar a contratação de médicos e outros profissionais.
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– Vamos assumir o pronto-socorro até que a Fundação consiga retomar a administração de toda a unidade – diz Luzia.
Como a prefeitura se comprometeu a assumir o pronto-socorro, a fundação deve mantar a ala funcionando pelo menos nesta segunda-feira, conforme o presidente do Conselho Deliberativo da unidade, Luiz Espíndola.
– Como para esta segunda está prevista uma greve geral e a prefeitura já se comprometeu, devemos dar um tempo para que eles assumam – disse o presidente, salientando a importância da ajuda municipal.
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A entidade é mantida com verba do Sistema Único de Saúde (SUS) e prefeitura de Camboriú. O interessante para a direção da Fundação do Hospital de Camboriú seria que o Estado também destinasse recursos.
– A prefeitura tem nos ajudado muito, mas precisamos de um posicionamento do governo do Estado sobre ajuda financeira – diz Luiz Espíndola.
Não se sabe durante quanto tempo o comando do pronto-socorro ficará por conta do município, nem quantos profissionais serão necessários contratar e quanto investir para tocar o setor. Mas, de acordo com a secretária de Saúde de Camboriú, Márcia Freitag, o município não permitirá que o pronto-socorro deixe de atender.
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