O prefeito, o vice-prefeito e o vereador presos em Governador Celso Ramos por suposta cobrança para facilitar a liberação de licenças de construções estão sendo transferidos da sede da Polícia Federal, em Florianópolis, para uma unidade prisional de Biguaçu. Antes, os três farão exames no Instituto Médico Legal para comprovar que não possuem ferimentos.

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Desde a noite de quinta-feira, o prefeito Anísio Soares (PMDB), o vice-prefeito, Manoel Marcelo Cunha (PMDB), e o vereador Alcemir Alves (PMDB) estão presos. Nota da Polícia Federal informa que um empresário denunciou o grupo ao Ministério Público Estadual. O vice-prefeito é candidato a prefeito na eleição.

No momento da prisão, o prefeito tinha R$ 30 mil em espécie e deveria negociar ainda o pagamento de dois cheques, além da doação de um imóvel na praia de Palmas avaliado em R$ 400 mil para o Anísio.

A PF afirma que o valor seria dividido entre o grupo, que pretendia usá-lo para fins pessoais e abastecer o caixa de campanha do vice-prefeito, que concorre à reeleição como prefeito. O vereador também seria beneficiado com verbas para sua campanha eleitoral.

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A polícia autuou o grupo sob acusação de crime de concussão – quando o acusado exige dinheiro ou vantagem indevida em razão da sua função -, previsto no artigo 316 do Código Penal. Caso sejam condenados, os três podem pegar de dois a oito anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Por volta das 15h, o advogado do prefeito, Antônio Carlos Brasil Pinto, terminava de redigir um pedido de Habeas Corpus. A assessoria do escritório de advocacia garantiu que o recurso será entregue ainda nesta sexta-feira.

Entenda o caso

– Na noite de quinta-feira, o prefeito, o vice-prefeito e o vereador se encontraram com o empresário denunciante em um café num shopping de São José.

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– A ação vinha sendo investigada pela Polícia Federal desde que o empresário denunciou cobranças indevidas por parte dos políticos ao Ministério Público Estadual.

– Os três foram presos em flagrante no encontro com o empresário. Este portava R$ 30 mil em dinheiro, dois cheques e também doaria um imóvel na praia de Palmas avaliado em R$ 400 mil para o prefeito.

– De acordo com a PF, as cobranças garantiriam ao empresário favorecimento para negócios em Governador Celso Ramos.

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