Na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Garuva, Rodrigo David (PMDB), recebeu um grupo de representantes do acampamento Egídio Brunetto. Desde segunda-feira, eles ocupam um terreno às margens da rodovia SC-417, no bairro Mina Velha, em Garuva, no norte catarinense. Entre os presentes, estavam militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que lideram a ocupação.

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De acordo com a Prefeitura, assim que souberam da ocupação, autoridades entraram em contato com militantes para conhecer suas condições. A reunião também contou com a presença do conselheiro tutelar Marcio Alves da Luz, o vereador Paulo Guataçara, o chefe de gabinete Adamastor Junior e o comandante da Polícia Militar, sargento Polsin.

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Conforme nota publicada pela Prefeitura, o prefeito declarou aos militantes “não estar a cargo de julgar, acreditando na causa do movimento e suas bandeiras a serem defendidas”. Ele falou sobre as condições financeiras e dificuldades enfrentadas pela Prefeitura e se comprometeu em providenciar vagas escolares para as crianças.

– Como a educação escolar é de grande importância e preocupação, tanto da Prefeitura como dos militantes, o número de crianças alojadas deve ser informado na segunda-feira próxima, para que sejam tomadas as medidas cabíveis, para que estas tenham transporte e matrícula na rede municipal de ensino quão breve possível – diz a nota. O prefeito ainda expôs sua preocupação com o número de famílias no local, já que o suporte aos serviços básicos pode não ser suficiente para atender a demanda.

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De acordo com o MST, a ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. Segundo dirigentes, o acampamento conta com cerca de 200 famílias. A expectativa é que mais 400 famílias cheguem nos próximos dias.

Proprietário protocolou pedido de reintegração de posse

O advogado Alvaro Carlos Meyer afirmou que seu cliente, Francisco Duarte Pereira, o proprietário das terras, já protocolou a ação de reintegração de posse.

— O pecuarista detêm 20 cabeças em risco de morte, pois está proibido pelos invasores de adentrar na área invadida — afirmou o advogado.

— Como declarado pela Prefeitura de Garuva, a área em questão é prevista no Plano Diretor como industrial e retro portuária. Assim, no meu entender, o caso não é mais de âmbito agrário e sim urbano — defendeu.

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