Com o efeito na queda nos preços de alimentos e do transporte público, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho apresentou um variação de apenas 0,03%. Em julho, o índice havia aumentado 0,26%. De acordo com o professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Ferrari Filho, o resultado já era esperado.
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Queda nos preços de alimentos e transporte em julho faz inflação ficar dentro da meta
Porto Alegre teve a terceira maior taxa de inflação do país
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Além de fatos pontuais, como a boa safra e ações para a redução nas tarifas de ônibus, o economista destaca a tendência de baixa nas despesas das famílias a partir do terceiro trimestre do ano.
Para Ferrari Filho, a inflação nunca esteve fora de controle do governo. Apenas teve picos de sazonalidade. Nem a alta do dólar nas últimas semanas diminui o otimismo do professor.
– Os preços devem se estabilizar no decorrer do segundo semestre, fechando o ano em 5,7%, representando o nono ano seguido dentro do teto da meta do governo. Inflação descontrolada nunca mais – disse.
– Nesta época, o cidadão não tem mais os reajustes habituais do início do ano, como educação, IPTU, IPVA e tantos outros – explicou.
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Das 11 regiões pesquisadas, apenas Porto Alegre (0,07%) e Curitiba (0,15%) não apresentaram queda nos preços dos alimentos. O professor da UFRGS acredita que o frio intenso em ambas capitais possa ter afetado o itens alimentação e vestuário, já que a demanda e compra destes produtos aumentam.