O preço da gasolina – que já subiu 2,15%, em 2013 até agosto – deve apresentar reajuste total de 5% para o consumidor, no acumulado do ano. A previsão é do Banco Central (BC), que divulgou nesta segunda-feira o Relatório Trimestral de Inflação. A declaração vem três dias depois de a presidente da Petrobras, Graça Foster, garantir que o preço dos combustíveis não iria subir.

Continua depois da publicidade

Leia também:

BC prevê crescimento menor da economia neste ano

Mercado eleva estimativa de inflação para 2013 e 2014

Continua depois da publicidade

A gasolina é um dos produtos com preços administrados que têm apresentado alta menor que a de preços livres, segundo o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo. Mas, de acordo com o diretor, é natural que adiante haja um estreitamento dessa distância entre os produtos com preços administrados e livres.

– Na medida em que os administrados passam a subir mais e os outros diminuem, isso não é um problema. Tem que olhar o conjunto como um todo. Estamos trabalhando para que a inflação como um todo venha abaixo – disse o diretor.

Araújo acrescentou que ainda há bastante trabalho a ser feito no combate à inflação.

– A inflação está alta. Está desconfortável, como o próprio presidente Tombini reconheceu. Mas isso é uma situação que pode evoluir para melhor, a depender das ações que forem tomadas ao longo do tempo – disse.

Com a alta da inflação, neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho e agosto. Atualmente, a taxa está em 9% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 8 e 9 de outubro. A Selic é usada para influenciar a atividade econômica, e por consequência, a inflação.

Continua depois da publicidade