O Banco Central (BC) reviu para baixo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. O Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta segunda-feira pela instituição, indica expansão de 2,5% no ano, contra 2,7% do relatório anterior.

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O documento aponta uma alta nos resultados da produção agropecuária, que impactada pelo desempenho acima do esperado no segundo trimestre, deve crescer 10,5% em 2013 em vez dos 8,4% da estimativa anterior. O desempenho da indústria está estimado em 1,1%, contra aumento de 1,2% do último relatório. O desempenho do setor de serviços também deve ficar abaixo do esperado, com crescimento de 2,3% em vez dos 2,6% do levantamento passado.

O Relatório Trimestral de Inflação indica ainda redução de 2,6% para 1,9% na projeção para consumo das famílias. As exportações também devem crescer menos em 2013 (1,7% contra 2,8% do último levantamento), já as importações devem aumentar 8,4%, contra 7,6% do relatório anterior.

Inflação

O relatório do BC prevê que a inflação oficial em 2013 deve atingir 5,8%, contra 6% da estimativa anterior. Em 2012, segundo ano do governo Dilma, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 5,84% e em 6,50% em 2011, no primeiro ano do seu mandato. Ao longo de 2013, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram em várias ocasiões uma inflação menor em 2013 do que em 2012. A queda da inflação este ano também foi uma promessa da presidente Dilma.

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Mesmo com o recuo, a estimativa do IPCA ao final deste ano está ainda muito distante do centro da meta de inflação estabelecida pelo próprio governo, de 4,5%. Pelas novas projeções do BC, o IPCA no último ano do governo da presidente Dilma, em 2014, permanecerá ainda em patamares elevados, ficará em 5,7%, acima da estimativa anterior, de 5,4%. Para o IPCA acumulado em 12 meses até o terceiro trimestre de 2015, já no próximo governo, o BC projeta uma inflação de 5,5%.