‘Posso dizer que sou um joinvilense’, declara o técnico Hemerson Maria

Quando o joinvilense tira a camisa do JEC do armário e vai trabalhar com um sorriso na segunda-feira, é sinal de que o técnico Hemerson Maria está fazendo um bom trabalho. E como o próprio treinador lembrou na última entrevista antes do duelo contra o Figueirense neste domingo, no Orlando Scarpelli, tem sido raros os finais de semana em que a cidade lamenta o desempenho do time em campo.

O Tricolor não sabe o que é perder há sete rodadas consecutivas disputadas nos finais de semana no Catarinense (e são oito jogos de invencibilidade). Se depender de Maria, a alegria domingueira vai continuar após o primeiro jogo da decisão em Florianópolis, que começa às 16 horas.

-Fico muito contente de participar desse momento de felicidade da cidade. São raros os finais de semana em que a cidade de Joinville passa com tristeza. Normalmente, é com vitórias, bons resultados. É um momento muito especial da minha vida, que vamos buscar sacramentar com esse título tão sonhado – anuncia.

Manezinho de nascimento e identificado com os rivais da Capital por ter trabalhado tanto no Avaí quanto no Figueira, Hemerson Maria garantiu seu lugar definitivo nos corações tricolores ao conquistar a Série B do ano passado. Mas a relação vitoriosa também levou o treinador a adotar Joinville como sua casa.

-Posso dizer que Joinville é a minha cidade. Foi uma cidade com que me identifiquei muito. Hoje, posso dizer que sou um joinvilense – reforça.

Até que a bola role, todas as previsões indicam um clássico equilibrado na Capital. Maria também não aposta num placar elástico para a primeira partida e reforça que, pela igualdade de forças, o título pode ser decidido já neste domingo caso JEC ou Figueirense consigam vantagem expressiva no placar.

-Sabemos o que vamos enfrentar em Florianópolis. Sou natural de lá, passei praticamente 20 anos da minha vida dentro do Figueirense, sei o que é uma decisão no Scarpelli. Vou preparar meus jogadores ao máximo para que o lado emocional não afete nosso jogo – promete.

Variação tática

Se a movimentação fazia parte do teatro estratégico dos treinadores às vésperas de uma decisão, só a escalação deste domingo confirmará. Mas Hemerson Maria deu pistas de que pode começar com o garoto Willian Popp no clássico ao lançá-lo no grupo titular durante os treinos de sexta-feira, na Arena, numa formação em que o meia Marcelo Costa cumpriria papel mais defensivo do que o habitual.

Como o volante Wellington Saci cumpre suspensão e está fora do jogo, a formação do meio-de-campo é a maior dúvida no Tricolor. Na quinta-feira, quem preencheu o espaço deixado por Saci foi o volante Augusto Cesar.

Maior surpresa seria a presença do volante Anselmo na posição, pois o atleta já está recuperado de lesão e apto a jogar, embora sem ritmo de jogo.

– Tudo o que trabalhamos é o que vamos colocar em campo, não haverá nenhuma surpresa além daquilo que foi treinado. Só vamos definir a melhor equipe para começar o jogo – despista o técnico.

Na zaga, quem deve começar ao lado de Bruno Aguiar é Guti, que treinou com os titulares na sexta. Um dia antes, no entanto, Maria montou o treino com Alef na posição.