Advogado do Joinville, Roberto Pugliese Jr. esteve presente no STJD nesta quarta-feira para acompanhar o julgamento envolvendo JEC e Portuguesa. Apesar de o Tricolor ter deixado o tribunal com os três pontos da partida de estreia pela Série B, o advogado foi enfático. Na sua opinião, a Lusa deveria ter sido excluída da competição.

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Pugliese atendeu à reportagem de AN, por telefone, após o julgamento. Confira a entrevista.

AN – Do ponto de vista do Joinville, como o senhor avalia o resultado do julgamento?

Roberto Pugliese Jr. – Eu acredito que a Portuguesa poderia ter sido excluída pela gravidade do que fez. Ficou muito claro o reconhecimento da culpa por parte deles. Não acredito que tenha sido um caso de má-fé. Teve desorganização e bagunça. Isso mostra que a Portuguesa não tem condições de jogar a Série A e eu tenho dúvidas se tem condição de jogar a Série B. Acredito que deveriam ter sido excluídos.

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AN – Acredita que a Lusa entrará com recurso?

Roberto Pugliese Jr. – Certamente, eles vão entrar para o caso do Argel (Fucks, técnico, suspenso por quatro jogos). Também acredito que tentarão diminuir a multa recebida pelo presidente (Ilídio Lico) e pelo dirigente (Marcos Lico). Também devem tentar reduzir a multa ao clube. Eles vão tentar de tudo, vão repetir a tese no pleno do STJD. Mas acho difícil que a decisão seja revertida.

AN – Tendo em vista que o advogado Osvaldo Sestário tentou participar do julgamento representando outras equipes, acredita que outros times da Série B podem tentar recurso?

Roberto Pugliese Jr. – É o papel dele tentar participar do julgamento, mas eu prefiro não olhar por este aspecto. O pedido dele foi indeferido. Até cabe recurso, mas não acredito nisso. Caso a Lusa fosse excluída, eles queriam participar das consequências disso.

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AN – Ainda há alguma chance de o JEC receber alguma indenização da Lusa?

Roberto Pugliese Jr. – É uma situação difícil e não quero me aprofundar nisso. É algo que precisaremos analisar, para ver se vamos brigar por isso e de que forma faríamos isso. Para levar adiante, talvez tivesse até que envolver a Justiça comum.