A interrupção da exportação de granel sólido via SCPar Porto de São Francisco do Sul, devido a queda de parte da estrutura de uma esteira de carregamento no terminal graneleiro, completou uma semana neste domingo. Desde então, deixaram de embarcar nos navios aproximadamente 240 mil toneladas de carga. Hoje, são 10 as embarcações aguardando a retomada do serviço para zarpar, na Baía da Babitonga.
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A previsão da administração portuária, de retomar parte do serviço no domingo (18) não se confirmou. De acordo com Alexandre de Oliveira, gestor do terminal graneleiro, no momento, é feito um trabalho de reforço na esteira de embarque (15-A) não danificada, para garantir a volta de 50% da capacidade dos carregamentos, que, em situação normal opera 30 mil toneladas/dia. A previsão agora é de que esse “alento” ocorra na terça-feira.
Enquanto isso, o outro “tripper”, 15-B, que cedeu, e ainda não tem expectativa de data para voltar a funcionar. A exportação de granel sólido no Porto de São Francisco está paralisada desde a manhã de domingo, 11, nas duas esteiras porque, nesta última, aproximadamente 40 metros da galeria ficou comprometida.
De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), responsável pela manutenção das esteiras, a estrutura foi erguida em 2004, é resistente, e pode ser recuperada. No entanto as atividades continuam suspensas até que a situação seja regularizada.
Controle de estoque
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Para os reparos necessários já foram levantados preços e, na sexta-feira, o terminal aguardava a aprovação do Governo do Estado para efetivar a contratação da empresa que ficará responsável pela obra. Ainda há negociação de valores. A intenção é de que esse passo seja superado até o fim da tarde desta segunda-feira (19).
A gestão do terminal graneleiro informa ainda que, enquanto os carregamentos não são retomados, a administração do Porto de São Francisco orienta os exportadores a segurarem parte das cargas no ponto de origem das mercadorias.
— Estipulamos que, em vez de haver carregamento de 100% da carga, as empresas carreguem cerca de 70% desse total nos caminhões e vagões. A medida tem como objetivo evitar sobrecarga na capacidade de estocagem do terminal — salienta Alexandre.
Ainda conforme ele, cada navio parado pode gerar um custo adicional de US$ 18 mil ao dia. Prejuízo este que recai às empresas exportadoras e transportadoras, podendo refletir no próprio Porto de São Francisco do Sul.
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Investimentos
Na semana passada, o diretor-presidente do SCPar Porto de São Francisco do Sul, Luís Henrique Furtado, informou que a retomada total do serviço deve ocorrer em até 40 dias após o início das obras. Já para os próximos dois anos estão previstos investimentos diretos na reformulação das esteiras de exportação portuárias.
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