O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) afirmou que a aproximação com a centro-direita por parte do governador Eduardo Campos, provável candidato do PSB à Presidência da República no ano que vem, não resultará em concessões programáticas e políticas.

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– Essas forças não têm hoje nenhum candidato que as represente. É natural que em função de questões regionais elas se abriguem em uma ou outra candidatura – disse o senador, que é porta-voz de Campos.

O comentário de Rollemberg foi feito em resposta ao cientista político Fábio Wanderley Reis. Em declaração publicada no domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo, Reis disse que o fato de Campo se aproximar da centro-direita – como a aliança com o grupo do ex-senador e ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen, em Santa Catarina – não garante força suficiente para tornar o governador competitivo. Para ter chances de vitória, de fato, Campos teria de se tornar mais conhecido no país todo, disse o cientista político.

Rollemberg disse que se for feita uma análise na composição das forças políticas no Brasil, ficará constatado que a maior aliança com os conservadores é comandada pela presidente Dilma Rousseff.

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– A presidente está rodeada por forças conservadores comandadas pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelos deputados Paulo Maluf (PP-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – disse Rollemberg.

Segundo Rollemberg, o grupo do ex-senador Bornhausen mudou-se para o PSB porque em Santa Catarina o PSD deve apoiar a candidatura petista da presidente Dilma em 2014.

– Quem conhece a trajetória política de Eduardo Campos sabe que seu governo é progressista e democrático, que soube fazer uma aliança com as forças produtivas e imprimiu uma forte marca social na administração.

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Para o senador, importante na campanha presidencial será mostrar ao eleitor a trajetória política de Eduardo Campos, “os programas que ele faz em Pernambuco e fará no Brasil. Ele vai dialogar com todos os segmentos políticos do País”.