Desde que partiram de Alicante, na Espanha, em outubro do ano passado, os velejadores que disputam a Volvo Ocean Race já enfrentaram alguns dos mais difíceis trechos de navegação dos oceanos. Mas nenhum tão lendário e ameaçador quanto o último trajeto, que passou pelo temido Cabo Horn – uma das zonas mais remotas do planeta e onde as ondas fortes são ameaça constante.

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Que o digam os velejadores da equipe chinesa Dongfeng, que teve o mastro danificado no extremo Sul da América e foi forçada a desistir da etapa. É por isso que, para os atletas da vela, chegar a Itajaí após enfrentar a fúria da natureza tem sabor de uma grande conquista.

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Nas últimas semanas, em cada um dos veleiros, 9 a 12 atletas dividiram um espaço restrito, com alimentação igualmente racionada e poucas horas de sono em arremedos de camas, que mais se parecem com diminutas macas. Chegar em terra é um feito incrível, que em Itajaí e Navegantes – nas duas margens do Itajaí-açu – ganha o reforço de milhares de espectadores que se reúnem ao longo do rio para acompanhar de perto a aproximação das embarcações. Sabor de vitória para quem desafia a vida ao extremo da natureza.

Disputa é a F-1 dos oceanos

A comparação entre a Volvo Ocean Race e a principal competição automobilística do planeta tem razão de ser. Além da mobilização em torno de uma regata que dá a volta ao mundo, o que também aproxima as duas provas é a alta tecnologia.

Os veleiros que correm a Volvo Ocean Race são desenhados para alta performance equipados com os melhores equipamentos de comunicação via satélite. É o que permite que imagens incríveis dos veleiros passando pelos mais remotos pontos do planeta cheguem com rapidez à web.

Vê-los de perto é ter contato com o que há de melhor na indústria náutica – e com o que ainda há de chegar ao mercado de embarcações. Tamanha tecnologia aliada com os melhores velejadores do planeta, torna a competição extremamente disputada. Em quatro etapas oceânicas, quatro diferentes barcos vencedores.

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Na primeira perna, entre Alicante, na Espanha, e Cidade do Cabo, na África do Sul, a equipe árabe de Abu Dhabi Ocean Racing sagrou-se campeã. Depois, foi a vez dos holandeses da Team Brunel chegarem em primeiro nos Emirados Árabes Unidos, após a etapa em que a equipe Vestas encalhou o barco. Na China, a equipe Dongfeng chegou na liderança diante sua torcida. E por fim, o time da Mapfre, que conta com o velejador catarinense André Fonseca entre os integrantes (foto acima), venceu em Auckland, na Nova Zelândia.

Nesta etapa, que promete ter um vencedor neste domingo à tarde, conforme as mais recentes previsões, disputam milha a milha a liderança Abu Dhabi, Alvimedica, Mapfre e Brunel. Mais um motivo para apostar que a chegada a Itajaí será emocionante.

Classificação geral da regata até aqui*:

1º Abu Dhabi Ocean Racing – 8 pontos

2º Dongfeng Race Team – 8 pontos

3º Team Brunel – 14 pontos

4º Team Alvimedica – 16 pontos

5º Mapfre – 16 pontos

6º Team SCA – 24 pontos

7º Team Vestas Wind – 36 pontos

*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.