Em 1 hora, pelo menos 50 pessoas pararam em frente à boate Kiss na tarde desta quinta-feira, na Rua dos Andradas, no centro de Santa Maria. Eram curiosos, pessoas que perderam amigos e até familiares de vítimas da tragédia.
Continua depois da publicidade
Em frente ao local, as inúmeras mensagens fixadas nos tapumes colocados em frente à fachada do prédio provocavam uma reflexão sobre a vida e as responsabilidades pela maior tragédia do Estado.
O relatório final do inquérito da Polícia Civil, que será divulgado à imprensa na tarde desta sexta-feira, era um dos principais assuntos de que passava em frente à boate.
– Espero, realmente, que todos os responsáveis sejam punidos. Foram muitos lares destruídos e pessoas tão jovens que nos deixaram. Não tem dinheiro que pague uma saudade dessas – afirma Antônio Carlos Bortoluzzi, 59 anos, que perdeu amigos na tragédia.
O empresário Nélio Costa, 45 anos, mora próximo ao local e conversava com um amigo enquanto lia as dezenas de mensagens.
Continua depois da publicidade
– Existe responsabilidade na fiscalização também – afirma Costa.
Das três pistas da Rua dos Andradas, uma delas, em frente à boate, está isolada pois é reservada à peregrinação de curiosos. Nas outras duas pistas, os motoristas constantemente reduzem a velocidade em sinal de respeito e para ver como está o local da tragédia.


