A cúpula da segurança pública no Estado viaja a Joinville nesta sexta-feira com a promessa de trazer uma resposta mais incisiva à onda de violência na cidade. Tanto o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, quanto o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz, vão transferir os comandos de suas forças policiais temporariamente para Joinville.
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Isto significa que, mesmo se eles não estiverem na cidade, alguém responderá pelas ações com o mesmo poder de comando da Capital. Ainda não há certeza sobre quanto tempo permanecerá a medida.
Detalhes da mudança são mantidos nos bastidores, mas é certo que a atuação mais presente do alto escalão em Joinville será acompanhada de aparato e reforço policial provisório na PM e na Polícia Civil. Ações estratégicas de combate ao crime serão colocadas em prática nos próximos dias.
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O secretário do Estado da Segurança Pública, César Grubba, também viaja a Joinville nesta sexta para acompanhar as primeiras providências.
-O Estado tem que promover uma resposta, vamos deixar Joinville em primeiro plano para equilibrar essa situação – diz o comandante-geral da PM, Paulo Henrique Hemm.
A mobilização no topo da segurança pública dá continuidade às mudanças recém-implantadas nas forças policiais de Joinville. No começo do mês, o tenente-coronel Jofrey Santos Silva assumiu o lugar do tenente-coronel Nelson Coelho no comando do 8ª Batalhão da PM, enquanto o coronel Amarildo de Assis Alves ficou com o posto em aberto no comando da 5ª Região da PM, que abrange parte da região Norte do Estado.
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Em dezembro, o delegado Laurito Akira Sato deixou a direção do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), principal braço da Polícia Civil na Capital, para ser nomeado delegado regional de Joinville, função que era ocupada nos últimos anos por Dirceu Silveira Júnior.
Akira já promoveu uma série de mudanças na atuação da Polícia Civil: além de transferir delegados em posições-chave, ele ainda determinou que os boletins de ocorrência sejam recebidos apenas na Delegacia da Mulher quando não houver plantão nas DPs dos bairros – medida que, em tese, garante melhor aproveitamento do efetivo.
Joinville já soma 21 homicídios desde o começo do ano e praticamente repete a marca alcançada até esta altura de fevereiro do ano passado, quando a cidade contava 22 casos. O ano de 2015 terminou com 126 assassinatos em Joinville, o maior índice já registrado na região.
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