Os policiais federais ingressaram na Justiça com liminar para garantir aos integrantes do sindicato da categoria o direito de se aproximar do local do evento da Fifa em Florianópolis. Com a resposta favorável da juíza Cleni Serly Rauen Vieira, eles farão reunião para decidir sobre protesto na noite desta quarta no P12 Parador Internacional, em Jurerê Internacional, onde será oferecido um jantar para representantes da Fifa.

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Na última terça-feira, durante uma manifestação em frente ao resort no Costão do Santinho onde o encontro ocorre, os policiais foram afastados 700 metros do local pela segurança. A medida gerou constrangimentos nos manifestantes que foram impedidos até de entrar em grupo em restaurante para almoçar.

– Fomos privados no direito de ir e vir. Isso é um desrespeito. Qualquer cidadão pode se aproximar do hotel ontem, mas os policiais foram banidos. Foi muito constrangedor. Os manifestantes estão muito abalados com toda a situação, temos que decidir sobre o protesto no P12- disse Joel Moraes Ferreira, presidente do sindicato.

Agentes da Polícia Federal trabalham na segurança pessoal das autoridades presentes no congresso técnico. De acordo com Ferreira, a fiscalização nos aeroportos e marítima continuará normalmente, apenas uma parcela dos policiais paralisará atividades. Até as 18h, o sindicato deverá decidir se o protesto desta quarta se efetivará.

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– Queremos mostrar para a imprensa internacional que há problemas na segurança pública no Brasil – afirma o presidente.

Polícia federal se aproveita de evento da Fifa para protestar por melhorias na carreira e a aprovação da PEC 51

Reivindicações dos manifestantes

Os profissionais reivindicam a aprovação da PEC 51, também chamada de PEC da Paz, que propõe alterações nas carreiras das polícias militar, civil e federal. Com isso, a PM deixaria de ser militar,estabelecendo o acesso a cargos de chefia por meio da meritocracia e não por concurso, o que hoje causa a distinção entre oficiais e praças.

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Esta diferença entre cargos por concursos também se aplicaria à Polícia Civil. Outra bandeira dos manifestantes é a reorganização da carreira da Polícia Federal, possibilitando que cargos como agentes, escrivães e papiloscopistas, hoje consideradas de nível médio, fossem reconhecidos como funções especializadas, já que exigem formação superior para ingresso.