Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira pela Polícia Civil na Operação Black Out, que investiga crimes em licitações na Celesc. Segundo a investigação, o prejuízo provocado pelo grupo, que atua desde 2006, chega a R$ 645 mil. Entre os presos preventivamente está um vereador da cidade de Pescaria Brava, no Sul de SC, que também é funcionário da empresa elétrica, e o pai dele, ex-funcionário. Os nomes não foram divulgados.
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Os dois seriam os responsáveis pela operação do esquema de favorecimento de um grupo de três empresas da mesma família dentro da Celesc, em troca de uma propina que variava entre 5% e 10% do valor do contrato. Os trabalhos de investigação foram conduzidos pelo delegado Walter Watanabe, da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic). Segundo ele, pai e filho também já foram indiciados em outros dois episódios de corrupção na Celesc, entre eles o Caso Monreal, que apurou um rombo de R$ 51,7 milhões na estatal.
— A prisão ocorreu desta vez porque ficou comprovado que eles ainda cometiam os mesmos delitos no momento da investigação — afirma Watanabe, que lembrou que tratam-se de prisões preventivas.
Os outros quatro presos são do núcleo empresarial do esquema. Eles obtiam informações privilegiadas e ofereciam diferentes propostas por meio das três empresas suspeitas. A mais baixa invariavelmente vencia a licitação.
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