A Polícia Civil prendeu, na tarde desta sexta-feira, mais cinco suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas em Tubarão e com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Segundo as investigações, o comércio ilegal sustenta o grupo criminoso que matou uma menina de cinco anos em Tubarão, no último domingo. Outros cinco acusados foram detidos na quarta-feira.
Continua depois da publicidade
O atentado que levou à morte de Ana Carolina Alexandre Sorato teria sido motivado por uma rixa entre o pai da garota e a facção criminosa. A menina estava sentada no banco de trás de um veículo dirigido pela mãe quando o carro foi alvejado com pelo menos 11 tiros. Ana Carolina foi baleada com um tiro no rosto e outro no pescoço.
A polícia acredita que os autores dos disparos procuravam pelo pai da menina, que não estava no automóvel na hora do atentado. Os cinco detidos de quarta-feira teriam relação direta com a morte de Ana Carolina; já os desta sexta seriam conhecidos dos primeiros e também são acusados de envolvimento com o tráfico, mas não estariam ligados ao atentado.

Foto: Foto: Denise Medeiros/RBS TV
Continua depois da publicidade
As prisões desta sexta-feira foram feitas em Tubarão, próximo ao Morro do Caeté, no início da tarde. São todos homens com idades entre 20 e 53 anos. Segundo a polícia, foram apreendidos celulares com fotos de armas e pessoas armadas, além de 89 petecas de cocaína, 122 gramas de maconha e equipamentos para produzir e comercializar os entorpecentes.
Assassinos procuravam pai da vítima
Na quarta-feira, os cinco suspeitos de envolvimento direto com o assassinato foram presos em um apartamento no Balneário Praia do Sol, em Laguna. Os policiais encontraram seis pessoas – entre elas, uma menor de idade – com duas armas, crack embalado para a venda, dinheiro e celulares. Três carros foram apreendidos e devem passar por perícia.
A operação foi tocada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão. Para o delegado Rubem Antônio Teston da Silva, que comandou as investigações, o assassinato de Ana Carolina aconteceu quando os autores dos disparos tentavam matar o pai da garota.
Continua depois da publicidade

Foto: Arquivo pessoal
O pai de Ana Carolina é investigado por tráfico de drogas e tentativa de homicídio. O homem teria se envolvido em uma desavença com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), mas não faz parte de nenhuma facção, de acordo com a polícia. Ele teria sido decretado à morte pelo PGC, mas vem se tornando cada vez mais odiado por escapar de consecutivos atentados.
– Ele teve um desafeto com os principais suspeitos de comandar o PGC. O tráfico de drogas, neste caso, serviu como um pano de fundo para o atentado que levou à morte da garota – explica o delegado.
A família de Ana Carolina ainda teme represálias por parte do PGC. O velório da criança chegou a ser mudado de local após um suposto atentado contra o tio e a avó da vítima, mais tarde desmentido pela Polícia Civil. Na ocasião, os dois deixavam a delegacia quando um veículo passou em frente ao local e disparou contra eles. Os familiares precisaram ser escoltados pela polícia até o local do velório.
Continua depois da publicidade
– Acreditamos que o tráfico de drogas no Sul de SC tenha levado um golpe duro após estas prisões, até pela quantidade de armas e dinheiro apreendidos. A investigação, entretanto, ainda não está encerrada – conclui Teston.