Uma equipe da Delegacia de Homicídios de Florianópolis cumpriu dois mandados de prisão temporária em uma casa em Ingleses, norte da Ilha, e prendeu dois jovens suspeitos de participar da morte de Jadson Andrade, turista paulista de 30 anos morto a tiros na Capital em setembro deste ano. A suspeita é de que Andrade, que passava férias na cidade, tenha sido morto por engano por membros de uma facção criminosa que atua no Estado. Às 19h20 desta segunda-feira, os dois homens, de 20 e 21 anos, iriam prestar depoimento ao delegado Ênio de Oliveira Mattos, titular da Delegacia de Homicídios, que não quis informar à reportagem o nome dos presos. Depois, ficarão sob custódia do sistema prisional.
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Encontrado morto em 11 de setembro na Praia do Moçambique, Jadson Andrade pode ter sido assassinado a tiros por engano. Essa é a principal hipótese de investigação da Delegacia de Homicídios da Capital. O cadáver foi encontrado sem qualquer documento. Em 12 de setembro, uma amiga e familiares ajudaram a polícia a descobrir sua identidade. Por ser paulista, ele pode ter sido confundido com um integrante da facção criminosa de SP que disputa espaços em SC com um grupo catarinense. Os assassinos teriam gravado a execução e compartilhado as imagens com os comparsas.
Segunda morte de turista por engano no ano
Esta é a segunda vez em 2017 que uma pessoa de fora do Estado e em férias é morta em Florianópolis. Na madrugada de 1º de janeiro, Daniela Scotto de Oliveira Soares, 38 anos, foi morta a tiros na comunidade do Papaquara, no norte da Ilha. Ela estava hospedada na casa de familiares nas proximidades. Ao saírem de carro, ela e o marido entraram em uma rua considerada de risco. No local, um adolescente de 17 anos atirou e acertou a vítima. Em depoimento, o assassino disse que disparou por acreditar que o veículo fosse de integrantes de uma facção rival.
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