A polícia de São Paulo investiga a participação de criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) durante o protesto com veículos queimados na noite de segunda-feira, na zona norte paulista. Além de manifestantes bloquearem a rodovia Fernão Dias, há relatos de lojas saqueadas, pessoas feridas e motoristas roubados. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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A manifestação foi motivada pela morte do estudante Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, que foi baleado por um policial militar durante abordagem. O PM foi preso, mas alegou ter atirado acidentalmente no jovem, o que teria ocorrido ainda no domingo.
Alguns comerciantes do bairro Jaçanã, onde houve o protesto, novamente fecharam as portas na terça-feira e escolas suspenderam as aulas. Conforme a Folha, trabalhadores teriam recebido alertas de criminosos para que permanecessem de portas fechadas. A polícia e promotores teriam indícios da ligação do PCC com a manifestação.
Segundo o jornal, a região é conflagrada pelo comércio ilegal de drogas e armas e dominada pela facção. Ações como a de segunda-feira não deveriam ocorrer sem uma suposta aprovação dos chefes do grupo criminoso, que acreditam que a presença do aparato policial no bairro prejudica os negócios.
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O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse, na terça-feira, que nenhuma hipótese pode ser descartada nesse caso.