Uma manifestação contra a morte do estudante Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, deixa a Rodovia Fernão Dias, na região do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo, temporariamente bloqueada nos dois sentidos.

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Douglas foi baleado após uma abordagem policial, na Vila Medeiros, zona norte da capital paulista, no último domingo. O policial que efetuou o disparo foi preso em flagrante por homicídio culposo e levado ao Presídio Militar Romão Gomes.

Durante o protesto desta segunda-feira, que iniciou por volta das 19h, um ônibus e dois caminhões foram incendiados na rodovia. Houve registro de saques no comércio da região. Na Zona Norte, lixeiras foram danificadas e objetos, queimados. Com medo, comerciantes fecharam estabelecimentos antes do horário previsto.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, um homem foi baleado. Ele está com um quadro estável no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga e passa por cirurgia.

A Polícia Militar chegou a usar bombas de efeito moral e afastou os manifestantes do veículo, segundo a GloboNews. O mesmo grupo que tomou o controle do caminhão-tanque também dirigiu um ônibus de turismo.

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Segundo a concessionária Autopista Fernão Dias, a rodovia foi temporariamente bloqueada. Os atos começaram há cerca de três horas, e de acordo com a empresa que administra a rodovia, equipes da concessionária e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuam no local para a liberação da via ainda nesta segunda.

Revoltados, moradores também protestaram neste domingo em vários pontos da região da Vila Medeiros. No total, três ônibus foram depredados, mais três coletivos e dois veículos, queimados. Uma viatura da PM teve vidros quebrados e duas agências bancárias foram depredadas. O fogo em um dos ônibus atingiu a rede elétrica, interrompendo o fornecimento na região. O protesto só terminou por volta das 4h desta segunda-feira.

Segundo a PM, 300 pessoas participaram de saques e depredação de comércios. Seis pessoas foram detidas e levados ao 73º Distrito Policial. A Secretaria de Segurança Pública não soube informar se os detidos permanecem presos.