A Polícia Civil iniciou investigação para apurar de onde partiram os tiros que atingiram o detento Jonathan Sander Coito, 21 anos, e um vigilante, durante tentativa de fuga no domingo, no Presídio Regional de Blumenau. O preso morreu no local e o guarda, baleado no braço, foi operado na noite do mesmo dia, no Hospital Santo Antônio, e liberado ontem à tarde.

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Por ordem da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania, a polícia não poderá por enquanto comentar o andamento dos trabalhos. A determinação é de que as informações só sejam repassadas à imprensa após a divulgação de uma nota oficial por parte da própria secretaria. O chefe de segurança do presídio, Rangel Luiz Bavaresco, disse que foi feita varredura nas celas e que a outra arma de fogo, que estaria em posse dos presos, não foi encontrada.

Segundo Bavaresco, o outro detento envolvido na tentativa de fuga, cujo nome não soube informar, teria confessado que com eles não havia nenhum revólver. Ele e mais outros 11 presos foram transferidos para o Complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí.

Conforme o Departamento de Administração Prisional (Deap), a confusão na tarde de domingo começou quando Jonathan e outro preso tentavam fugir. Jonathan teria serrado as grades do contêiner T5, onde cumpria pena, e em seguida tentado render um vigilante na guarita de segurança, o qual ficou ferido com um tiro no braço e uma fratura exposta na perna. O segundo preso voltou para a cela e se misturou aos outros detentos. O confronto desencadeou um motim, mas a situação já estava controlada no início da noite, segundo o Deap.

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O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que o detento, morto durante confronto com os vigilantes, foi atingido por quatro tiros de arma de fogo. Dois deles alvejaram o tórax, um a pelve e outro o abdômen. Os projéteis foram coletados e agora serão encaminhados ao setor de balística forense para se saber qual era o calibre.

O comunicado garantiu ainda que os questionamentos dos familiares sobre a morte de Jonathan serão respondidos após a conclusão da investigação. Só depois disso o Deap irá se manifestar sobre o caso.

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