A Polícia Civil de Araquari indiciou Camila Alves da Veiga, 22 anos, e Damião da Silva Santos Lago, 23 anos, pelo assassinato do taxista Miguel Ramos Martins, 51 anos, morto a facadas em 3 de março. O inquérito concluído na última segunda-feira, acusa formalmente os dois de latrocínio _ roubo seguido de morte.

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A decisão de indiciar Camila e Damião por latrocínio se baseou no laudo pericial da cena do crime e no relato de testemunhas, afirma o delegado titular de Araquari, Rodrigo Aquino Gomes.

Rodrigo explica que as marcas de sangue e a posição dos objetos encontrados no carro do taxista o fizeram concluir que Damião segurou Miguel para Camila desferir as 25 facadas. A conclusão também fez com que o delegado pedisse a conversão da prisão de Camila em preventiva.

O inquérito aponta ainda que a irmã de Damião, Daniela da Silva Santos Lago, 21 anos, e a menor já haviam deixado o carro no momento em que o taxista foi assassinado.

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– Não temos prova do envolvimento delas no homicídio, portanto, assim que se encerrar o prazo da prisão temporária de Daniela ela deve ser solta – afirma o delegado.

Conforme Rodrigo, Daniela vai responder a processo e a menor a ato infracional, em liberdade, por favorecimento pessoal, já que ajudaram a esconder os autores do crime e, real, por terem ocultado bens roubados da vítima, como o GPS do táxi de Miguel.

Reviravolta

A investigação da morte do taxista sofreu uma reviravolta importante. Assim que foi preso em 11 de março, Miguel assumiu a autoria do crime. No entanto, dois dias depois Camila mudou a sua versão sobre o homicídio em um segundo depoimento, em que assumiu ter desferido as 25 facadas. O delegado chegou a suspeitar da nova versão, por não acreditar que fosse possível ela ter força suficiente para cometer o assassinato sozinha.

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