A Polícia Federal informou, em nota, que abriu investigação para apurar “suposto vazamento à imprensa de informações protegidas por segredo de Justiça e contidas em depoimentos prestados por Paulo Roberto da Costa no âmbito da Operação Lava-Jato.” O inquérito foi instaurado em Curitiba (PR), onde estão concentradas as investigações da operação.
Continua depois da publicidade
Na sexta-feira e no final de semana, a revista Veja divulgou informações sobre o depoimento do ex-diretor da Petrobras, que citou parlamentares, ministros e governadores que teriam recebido propina em troca de arranjar contratos na Petrobras na área que ele comandava na empresa – a diretoria de Abastecimento. O depoimento é uma tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada.
ZH Explica: como as denúncias impactam a campanha eleitoral
Vazamento de nomes de políticos abre debate sobre delação premiada
Continua depois da publicidade
Leia todas as notícias sobre a Operação Lava-Jato
As revelações sobre o depoimento de Costa provocaram impacto na campanha da presidente à reeleição, assim como na da candidata Marina Silva. Além do ministro Edison Lobão, das Minas e Energia, Paulo Roberto também afirmou que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, teve corrupção. A presidente Dilma Rousseff era presidente do conselho de administração da petroleira quando autorizou a compra da refinaria.
Dilma também encaminhou no final de semana ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, pedido para que a Polícia Federal compartilhasse com o governo informações sobre o depoimento de Paulo Roberto envolvendo membros da sua equipe. O ministro enviou a solicitação ao comando da PF, “em nome da senhora presidenta” com um pedido para a instituição “verificar a viabilidade jurídica” de informar detalhes do depoimento envolvendo nomes de integrantes do governo.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a PF respondeu ao ministro que o depoimento está sob segredo de Justiça.
Continua depois da publicidade
*Estadão Conteúdo