A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira a segunda fase da operação Glasnost, iniciada em novembro de 2013. A ação tem por objetivo combater a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet. Em Joinville, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Conforme a PF, ninguém foi preso em flagrante na cidade.

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Além do município, também foram cumpridos mandados nas cidades de Capivari de Baixo, Blumenau, Biguaçu e em Palhoça. A operação ocorre em mais 14 estados brasileiros. Cerca de 350 policiais federais cumprem 72 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e dois mandados de condução coercitiva, em 51 municípios nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

De acordo com o delegado Luciano Haizer, em Joinville foram apreendidos computadores e outros materiais de informática. A princípio, não foram localizados conteúdos pornográficos nas apreensões. Entretanto, os componentes serão encaminhados para perícia em Florianópolis e somente o laudo irá apontar se houve compartilhamento de pornografia. Ainda conforme o delegado, a suspeita na cidade era de compartilhamento e armazenamento do conteúdo e não a produção.

A ação desta manhã é uma sequência da operação Glasnost, iniciada em 2013. À época, foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Também foram identificados e presos diversos abusadores sexuais e resgatadas vítimas com idades entre cinco e nove anos.

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Em nota, a PF informou que a investigação teve como base o monitoramento de um site russo onde os pedófilos utilizavam para divulgar e trocar fotos de crianças e adolescentes. Foram identificados centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet. Também durante a operação, a PF localizou possíveis abusadores sexuais e produtores destes materiais.

O nome da operação é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.