A Polícia Militar de Joinville trabalha em duas frentes para evitar um novo ataque na cidade: captação de informações e rondas. Como o primeiro caso, o ônibus incendiado no sábado no bairro Fátima, ocorreu na zona Sul, o 17º Batalhão – responsável pelo policiamento da área – realiza rondas no trajeto por onde passam as linhas de ônibus.

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A PM ainda deixou à disposição duas viaturas para escoltar ônibus da Gidion e da Transtusa, empresas que atuam no transporte coletivo da cidade. Policiais também reforçam a segurança das garagens onde os veículos ficam durante a noite.

A situação ficou ainda mais delicada na terça-feira, quando um fiscal da Gidion recebeu uma ligação anônima avisando que o ônibus da linha José Loureiro, no Guanabara, seria incendiada. De acordo com o major Luís André Pena Viana de Oliveira, do 17º BPM, o ônibus foi escoltado por garantia. Nada foi registrado. O trabalho de prevenção continua até segunda ordem.

– Por enquanto, o policiamento será mantido na região Sul. Mesmo quando não houver mais necessidade, o policiamento nas garagens e as viaturas continuarão à disposição – afirma.

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Os policiais do 8º BPM, responsáveis pela zona Norte e região central, também estão em alerta. No entanto, o tenente-coronel Adilson Moreira afirma que não há motivo para pânico.

– Nossas guarnições estão nas ruas e a área de inteligência está trabalhando -destaca.

Em casos de denúncias anônimas, o comandante explica que os policiais tentam verificar a origem das ligações, e as informações são avaliadas antes da abordagem.

A assessoria de imprensa da Transtusa e da Gidion informou que todas as linhas de ônibus continuam funcionando normalmente. Sobre a ameaça de incêndio ao ônibus na terça, a empresa disse que se trata de uma questão pontual.

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Novas negociações para esta quinta-feira

Os agentes prisionais e representantes do Estado voltam a se reunir nesta quinta, às 14 horas, para buscar um acordo. A categoria decidiu na última segunda-feira suspender a greve até que o governo cumpra alguns pedidos.

Os principais pontos são a retirada da ação junto ao Tribunal de Justiça que declarou o movimento ilegal, os pagamentos dos dias parados e a conclusão do repasse das gratificações prometidas no ano passado até o fim deste ano, e não maio de 2015, como acordado em 2013.

Para o secretário de Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, ainda não há definição do que será proposto ao sindicato.

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– Estamos com bastante dificuldade na questão do período eleitoral. A retirada das ações judiciais depende de uma concessão da Procuradoria-geral do Estado, que até o momento não nos apresentou uma definição – disse.

Na terça, o TJ rejeitou o agravo regimental da categoria contra a decisão que declarou a greve ilegal. O secretário de Segurança Pública, César Grubba, afirmou que os últimos atentados no Estado têm ligação com o descontentamento dos detentos com o corte dos benefícios ocorrido durante a paralisação dos agentes prisionais.

>>> Confira mais imagens do ônibus incendiado em Joinville