Polícia Civil esclarece caso de homicídio em Indaial

Após três meses de investigações, a Polícia Civil de Indaial concluiu inquérito policial que apurou o desaparecimento e morte de um comerciante de 53 anos. Foram cumpridos na quinta-feira em Florianópolis os mandados de prisão preventiva de um casal – o homem de 30 anos e a mulher de 32 anos – pela prática dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Ambos já se encontravam presos por estarem envolvidos com o sequestro de uma criança ocorrido no final do mês de maio, no município de Ilhota.

No dia 14 de maio familiares do comerciante registraram um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Indaial comunicando o desaparecimento da vítima, que foi vista pela última vez na noite do dia 13 de maio, quando saiu do bar em seu veículo, GM Monza, que até hoje não foi encontrado. As primeiras informações eram de que a vítima teria sido vista saindo do estabelecimento comercial acompanhado de uma jovem loira que nunca tinha sido vista no local.

A investigação deu uma reviravolta com a finalização do sequestro de uma criança em Ilhota, com a prisão do casal suspeito, no dia 4 de junho de 2014, por policiais civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e Delegacia de Gaspar. O veículo Ford Ka, que pertencia ao casal na época, coincidia com o veículo em que a jovem loira foi vista. Ela foi identificada como a mulher que morreu em confronto com policiais durante o estouro do cativeiro na cidade de Penha. O cativeiro tratava-se da residência locada pelo casal preso. Na residência foi encontrado o telefone celular que pertencia ao comerciante desaparecido. Preso, o homem de 30 anos indicou aos policiais civis da DEIC, o local em que o corpo do comerciante havia sido deixado na cidade de Tijucas do Sul/PR.

A vítima foi encontrada sem vida, apenas no dia 2 de junho, em um matagal situado às margens da BR-376, sendo possível sua identificação apenas através de exames odontológicos. Apesar de negarem, as investigações apontaram que o casal idealizou e executou os crimes de homicídio e ocultação de cadáver, do qual o comerciante de 53 anos foi vítima.

Motivação

O que teria gerado o crime foi um desentendimento do casal, com a vítima e seu filho, que teriam vendido um bar e uma residência no final de 2013. O casal suspeito desejava tomar posse do imóvel e a vítima negava-se a entregá-lo antes do término do contrato. Os desentendimentos geraram inúmeros registros de boletins de ocorrência na Delegacia de Indaial e procedimentos encaminhados ao Fórum de Indaial, que culminaram com a prisão do homem, que utilizava documentos falsos, se passando por Pretroson da Silva Machado.