A Polícia Civil continua a procura do homem de 42 anos suspeito de estuprar três filhas e agredir a mulher em Camboriú. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Maurício Pretto, nesta semana surgiram novas informações sobre o paradeiro do homem, após a polícia divulgar sua foto para a imprensa. No entanto, ele não adianta mais informações para não prejudicar as investigações.

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Conforme o delegado, a família precisou ser colocada em um abrigo fora de Camboriú, pois o homem é bastante violento e teria ameaçado as meninas após a denúncia ser feita para o Conselho Tutelar. Além disso, segundo Pretto, a partir do momento que a família foi retirada de casa, o suspeito não foi mais trabalhar e parou de frequentar os lugares costumava ir.

– É muito difícil encontrá-lo. Ele é analfabeto, não tem vínculo familiar, não usa telefone, então a gente não tem meios tecnológicos para prendê-lo. Suspeitamos que ele estivesse no Paraná, mas agora surgiram informações diferentes após a divulgação da foto dele – argumenta.

O juiz decretou a prisão preventiva do suspeito logo após a denúncia ser feita ao Conselho. De acordo com Pretto, o inquérito apontou estupro de vulnerável, confirmado através dos três exames positivos das filhas e investiga ainda violência doméstica contra a mãe.

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– Os depoimentos das filhas tem bastante semelhanças, elas relatam diversos tipos de abuso, muitas vezes sem camisinha. Ele também as agredia e ameaçava. O estupro começava geralmente no início da adolescência, primeiro com a mais velha, depois com a segunda e a terceira – conta o delegado, que diz ter se sentido enojado com os relatos da violência sofrida pelas vítimas.

Denúncia para o Conselho

A denúncia do estupro foi registrada primeiramente no Conselho Tutelar de Camboriú. As três meninas de 12, 13 e 16 anos confirmaram à polícia o abuso. Segundo relatos, os estupros começavam quando elas completavam 11 anos.

Conforme a conselheira tutelar, Janaína Gervásio, o homem também é suspeito de agredir física e verbalmente a mãe das meninas com um cabo de vassoura e uma cinta, além de ameaçar as crianças e a mulher com um facão. A conselheira explica que a mãe, que é recicladora de lixo, não sabia dos abusos, pois nunca estava em casa quando eles aconteciam.

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– A família dessas meninas é muito humilde, elas não tinham nenhum conforto, iam da escola pra casa. Nos relataram também que pediam para o pai não fazer isso, mas ele abusava delas com um facão do lado para que não resistissem, ameaçando ainda matar a mãe se contassem alguma coisa – conta.

Além das três meninas, a família é composta por mais três filhas mulheres e um menino. Segundo a conselheira Janaína, o pai era alcoólatra e sempre que chegava em casa agredia a mãe das crianças. Conforme relato dos familiares, ele é considerado agressivo e não teria parentes em Camboriú.