A comunicação falsa de crime da jovem de 19 anos que procurou a Polícia Civil de Blumenau e informou que havia sido vítima de estupro na última quinta-feira não foi o único caso registrado pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI). De acordo com a delegada responsável pela DPCAMI, Juliana de Souza Tridapalli, outros quatro casos de falsos estupros foram registrados na delegacia neste ano.

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Segundo ela, a comunicação falsa de crime ocorre quando a pessoa inventa uma situação. Neste caso, a Polícia Civil registra um Termo Circunstaciado e a pena varia de um a seis meses. No caso da jovem de 19 anos, os relatórios policiais devem ser encaminhados nesta quinta-feira ao Fórum de Blumenau.

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Mãe e filha foram ouvidas nesta semana e a jovem confessou que o estupro era uma mentira. De acordo com sua versão, ela teria saído na quarta-feira de casa por volta das 16h e voltado embriagada na madrugada de quinta, por volta das 3h. Para justificar a situação aos pais, a jovem teria rasgado a roupa e inventado a história.

Outro crime recorrente é a denunciação caluniosa. Segundo a delegada, o crime ocorre quando a suposta vítima indica um suspeito de um fato que não aconteceu ou que foi praticado por outra pessoa. Neste caso, a suposta vítima responde por um inquérito policial e a pena varia de dois a oito anos.

Juliana explica que são muitas as motivações das supostas vítimas. Em algumas ocorrências, a enteada culpa o padrasto de um crime que não ocorreu para se vingar:

– Às vezes o suposto fato é registrado com intenção de prejudicar uma pessoa ou para acobertar uma mentira. Nem sempre são casos de estupro. Algumas mulheres alegam agressão e culpam um determinado suspeito.

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A Polícia Civil alerta que os investigadores geralmente descobrem que há a comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa rapidamente.

– Se a pessoa fizer ela vai responder pelo caso e será punida. Em todos os casos, há um prejuízo do Estado porque uma rede inteira é mobilizada para fazer o atendimento – diz a delegada.

Conforme a delegada, no caso da jovem foram acionados as polícias Militar e Civil, o Instituto Geral de Perícias, Samu, além de ter mobilizado uma equipe médica para fazer exames:

– Quando uma mulher é estuprada o atendimento é prioritário em todos os sentidos. Ela passou na frente de várias pessoas na fila do hospital.

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De acordo com a delegada responsável pela DPCAMI, a jovem responderá por comunicação falsa de crime. Se for condenada, a pena pode variar de um a seis meses de prisão.