Vinte quilômetros antes, no Km 48 da BR-470, em Gaspar, caminhoneiros fazem mais um dia de bloqueio. As condições são as mesmas do de Indaial: passagem livre para carros de passeio e abordagem a quem transporta carga. Por ali há menos caminhões estacionados, cerca de 50, mas há quatro fogueiras com pneus incendiados e uma fumaça escura que recobre a marginal da rodovia. O hino do Brasil também é executado durante todo o dia. Há também algumas faixas também incluem dizeres como “Greve geral”, “O Brasil vai parar”, “Fora, Temer” e até em defesa de intervenção militar.
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– Nossa luta é pela redução do preço do diesel, que é o maior problema, mas também por mais segurança nas estradas, redução nos pedágios. Tudo isso aumenta muito o nosso custo e dificulta o trabalho – conta Antônio Sueira Filho, um dos integrantes do ato.
Segundo a PRF, a principal orientação é para que não haja o bloqueio do fluxo de veículos na pista, algo que os manifestantes concordaram. Eles desmentem com veemência o boato de que a pista seria fechada até mesmo para veículos de passeio nesta tarde, alegam que isso é apenas uma tentativa de enfraquecer o movimento.
O único conflito registrado pela PRF foi a de um motorista de um automóvel que relatou ter tido o carro danificado ao passar pelo Km 48 em Gaspar. A PRF esteve no local na tarde desta quarta e conversou com os manifestantes, que afirmaram que ele teria tentado furar o bloqueio. Em uma conversa rápida, foi definido que as abordagens continuariam a ser feitas como foram até agora, impedindo apenas a passagem de veículos de carga e liberando os carros de passeio ou veículos vazios.
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