PMDB e PT vão às urnas neste fim de semana para escolher o novo presidente do diretório municipal. Nas duas maiores legendas de Joinville, paira um clima de divisão.

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O comando petista, que tenta se recuperar da derrota nas eleições do ano passado, será decidido em segundo turno entre o vereador Adilson Mariano, da corrente Esquerda Marxista, e o candidato da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), João Batista de Souza, ex-presidente da CUT e do Sindicato dos Mecânicos na cidade. A votação será no domingo.

Antes disso, no sábado, o os peemedebistas deverão aclamar a chapa única formada para o diretório municipal com 45 membros e 15 suplentes. Feito o processo, será o escolhido o novo presidente do diretório municipal.

O que prometia ser uma eleição tranquila, que levaria o ex-secretário do Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira ao cargo, agora se mostra cheio de incertezas. Depois de aparecer como único nome ao cargo, Dalmo ganhou a concorrência de Cleonir Branco, atual presidente em exercício da sigla, que embora ainda não tenha se lançado oficialmente à posição, já faz campanha nos bastidores.

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O PMDB de Joinville é o partido com maior número de filiados em Joinville: são 7.695. Caso Dalmo seja eleito, ele será o primeiro presidente do diretório municipal não ligado diretamente ao senador Luiz Henrique da Silveira. Nos últimos oito anos, LHS articulou todas as candidaturas.

– Continuo com o nome à disposição do partido para ser presidente. Gostaria do consenso na sigla em torno do meu nome – diz Dalmo, que buscou apoio de LHS e Udo após ter se lançado como candidato.

Se Dalmo era apontado como nome favorito algumas semanas atrás, nos últimos dias Cleonir parece ter tomado a dianteira. Segundo ele, o processo será tomado dentro de um consenso entre os candidatos e o diretório.

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– É um processo interno que faremos sem querer deixar rusgas. Queríamos construir uma unidade partidária com a chapa e isso foi feito. Agora, esperamos encontrar um bom nome até o fim deste sábado – alega Cleonir.

Briga por votos será até o fim

Se o PMDB ainda tenta controlar a divisão interna, o PT de Joinville vai para uma eleição mostrando um rasgo entre suas correntes. Apontado como corrente minoritária do diretório, a Esquerda Marxista, que tem Adilson Mariano como candidato, conquistou 40% do diretório na eleição de segundo turno, além do vereador ficar apenas 15 votos de distância de João Batista de Souza, candidato da CNB, do ex-prefeito Carlito Merss.

No segundo turno, as duas tendências tentaram conquistar o apoio dos dois candidatos, derrotados no primeiro turno. Em ambos os casos, os filiados foram liberados para votar em quem quiserem. Por isso, Mariano acredita que a eleição será apertada.

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– Estamos pedindo votos até o último momento. Esperamos estar no comando do diretório, mas estamos contentes com o nosso avanço. Agora, todas as decisões precisam de diálogo – falou Adilson Mariano, que na disputa de primeiro turno somou 234 votos.

Ao contrário do parlamentar, João Batista acredita que o segundo turno mostrará uma margem de votos bem maior a seu favor – ele fez 249 na primeira disputa.

– Esperamos vencer mais folgado. Em eleição tudo pode acontecer, mas temos uma boa margem de filiados que nos apoiam. Mas agora, vamos aguardar o resultado.

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