Nos últimos oito anos, os três presidentes que comandaram o PMDB de Joinville chegaram ao cargo pelas mãos do senador Luiz Henrique da Silveira. Grande liderança da sigla no Estado, LHS agora pode ver o médico Dalmo Claro de Oliveira assumir o controle do diretório municipal sem ter a candidatura arquitetada por ele.
Continua depois da publicidade
Ex-secretário estadual da Saúde, Dalmo se lançou como postulante ao cargo e surge como o único candidato declarado na eleição da sede joinvilense do partido, que ocorre no sábado.
O domínio de LHS no PMDB de Joinville aumentou a partir de 2006, depois do fim da era Geovah Amarante, que comandou a sigla entre 1993 e 2005. Desde então, foi por meio do consentimento do senador que Cleonir Branco, Tânia Eberhardt e Romualdo França presidiram a sigla, que conta atualmente com 7.695 filiados.
Desta vez, Dalmo se lançou como candidato e quer o consenso da sigla. Sem grande proximidade com o senador – ele foi indicado para a Secretaria da Saúde por Eduardo Pinho Moreira e pela proximidade que seus assessores tinham com o deputado federal Mauro Mariani – ele agora tenta superar o passado para ser eleito.
Continua depois da publicidade
– Conversei com o LHS duas vezes. E falei com o Udo. Acredito que estamos afinados. Esperamos escrever uma única chapa para o diretório – diz Dalmo, que provavelmente, teria Odorico Fortunato, empresário da construção civil, como vice, embora este negue a possibilidade.
Prefeito não garante apoio
Para chegar lá, Dalmo ainda precisa contar com apoios preciosos, como o do prefeito Udo Döhler, que ainda não abriu seu voto.
– Estou acompanhando à distância o processo. Conversei com o Dalmo, mas ainda não tenho um candidato. Só irei me posicionar mais para frente – afirma Udo.
Continua depois da publicidade
Da mesma forma, o atual presidente em exercício Cleonir Branco, que não irá se lançar candidato, acredita que o fato de Dalmo não ter sido lançado por LHS pode complicar a escolha.
– Isto sempre acaba sendo decidido na hora. O senador tem grande importância na escolha. Pode até ser o Dalmo, mas ele se lançou e depois foi buscar consenso e aqui é sempre feito o inverso.
Antes de Dalmo se lançar como candidato, nomes como Márcia Alacon, atual presidente do Ipreville, e do vereador Rodrigo Fachini surgiam entre os possíveis candidatos ao diretório.
Continua depois da publicidade
Depois de conversar com Dalmo, na semana passada, LHS passou a conversar com alguns nomes. Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador comentou que tem bom relacionamento com Dalmo e que está trabalhando para que o nome encontre consenso. Um dos caminhos para isso é a colocação de todos os vereadores eleitos e dos suplentes como membros do diretório.