A Polícia Militar apreendeu na noite de terça-feira um adolescente de 16 anos suspeito de praticar assaltos em frente à Escola Estadual Nilton Kucker e ao Colégio Fayal, em Itajaí. O jovem estava sendo monitorado pela Agência de Inteligência da Polícia Militar e foi detido com uma moto roubada no fim do dia.
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No momento da abordagem, os policiais ficaram sabendo que ele tinha acabado de tentar furtar uma casa. Segundo a PM, o adolescente já foi apreendido 43 vezes, a maioria por furto, receptação e roubo a pedestres – seu primeiro registro foi com 11 anos. Além disso, entre as passagens policiais, está uma invasão à escola Nilton Kucker.
Na semana passada, os alunos da instituição fizeram um protesto pedindo mais segurança e recolheram assinaturas para serem entregues ao prefeito Jandir Bellini. A PM disse que já reforçou rondas no entorno com apoio dos policiais que atuam no Proerd.
Liberação
O adolescente acabou sendo liberado meia hora depois da apreensão. De acordo com o delegado regional, Ângelo Cintra Fragelli, quando os crimes não envolvem violência a regra é que o menor infrator seja liberado. Ou seja, em casos de furto, receptação, estelionato e tráfico de drogas, geralmente, o jovem responde em liberdade.
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– A nossa legislação é muito frouxa e isso faz com que o adolescente volte para o crime. Por isso também que os traficantes recrutam adolescentes, pois sabem que eles não ficarão presos – afirma.
Para a Polícia Militar, o trabalho é praticamente em vão, já que a maioria dos jovens apreendidos acaba voltando para a rua. Em média, seis furtos ou roubos são registrados todos os dias em Itajaí – muitos deles praticados por menores.
– Tem casos de adolescentes com oitenta, cem passagens. Não existe polícia no mundo que vá conseguir resolver esta situação se nós não revermos urgentemente a nossa legislação e a participação de todos os órgãos integrados voltados pra segurança publica – avalia o tenente-coronel Ronaldo de Oliveira.