A Polícia Militar faz barreira na estrada que dá acesso ao complexo prisional da Canhanduba, em Itajaí, no litoral Norte, na manhã desta segunda-feira. O aparato na região acontece porque começará, ao meio-dia, as audiências para o julgamento de 98 réus acusados de integrar o Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

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O bloqueio é feito a 100 metros da guarita principal da cadeia, em uma estrada de chão batido. A interrupção começou às 8h30min. Cinco PMs com armas longas estão no local com duas viaturas. Apenas podem ultrapassar o cordão pessoas autorizadas pelo Departamento de Administração Prisional (Deap) como advogados.

Os carros que chegam são obrigados a abrir o porta-malas. Além da barreira há apenas três casas de moradores. Ao lado, fica uma empresa desativada. Na principal, há queixa dos moradores de falta de energia elétrica no posto de saúde da Canhanduba.

“Protetor solar”

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Embora o grande alerta com a segurança, o clima é descontraído entre os policiais militares na fiscalização ao acesso. Preparados para passar o dia sob o sol forte, alguns perguntavam entre si sobre quem havia trazido protetor solar.

A movimentação deve aumentar por volta das 11h com a chegada dos advogados, membros do Judiciário e Ministério Público. Por enquanto, o entra e sai é constante de viaturas da PM, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do sistema prisional.

A imprensa não pode ultrapassar a barreira. Agentes do Deap disseram que a determinação de os jornalistas ficarem distantes seria da juíza que presidirá o julgamento, em razão do sigilo judicial do processo. A prisão fica a dois quilômetros da BR-101. A penitenciária de Canhanduba foi inaugurada no começo de 2012 com 360 vagas. Também abriga um presídio masculino e ala de regime semi-aberto. O espaço em que acontecerão as audiências é um prédio novo ainda não destinado aos detentos.

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