Velha de guerra
A cloroquina é um medicamento bem conhecido e seguro no uso clínico e tem sido utilizada desde a Segunda Guerra Mundial para o tratamento da malária e certas doenças autoimunes, incluindo a artrite reumatoide. Mais recentemente, a cloroquina também tem sido usada como medicamento anticâncer.
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A cloroquina bloqueia a autofagia nas células cancerosas. Nesse processo, a célula “come” suas organelas que foram danificadas pelo quimioterápico, substituindo por organelas novas. Assim, bloqueando a autofagia, as células cancerosas acabam sucumbindo sem conseguir substituir essas organelas.
Consertando os vasos
Porém essa não dever ser a única maneira da cloroquina trabalhar. Esse estudo mostrou que a cloroquina não somente tem efeito sobre o crescimento do tumor, mas também torna o ambiente tumoral menos agressivo por corrigir seus vasos sanguíneos.
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A correção dos vasos sanguíneos resulta em melhoria na perfusão do tumor. Isso reduz a natureza agressiva do câncer e resulta que os medicamentos anticâncer permeiam melhor o tumor, tornando a quimioterapia mais efetiva.
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Além disso, a correção também reduz o acesso das células cancerosas a circulação – o sistema de transporte mais importante para o espalhamento das células cancerosas para outros tecidos. Que é uma das mais importantes metas da terapêutica anticâncer.
Menos tóxico
Esse estudo abre novas perspectivas para os tratamentos combinados com cloroquina, pois podem resultar em diminuição da toxicidade. Em outras palavras, esta velha droga ajuda a reduzir a quantidade necessária de quimioterápicos para tratar o câncer, diminuindo assim os efeitos tóxicos do tratamento.