Os Policiais Federais decidiram, em assembleia geral realizada nesta quinta-feira, manter a greve nacional, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf-SP), Alexandre Sally. A categoria está paralisada há 23 dias e pede reestruturação da carreira.

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A assembleia aconteceu com representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e dos Sindpolf de todos os estados brasileiros. Às 15h20min o presidente do sindicato paulista confirmou que a categoria recusa a proposta do governo de reajuste de 15,8%.

– Queremos reestruturação da carreira e o reconhecimento dos cargos de nível superior. Sem isso, a greve continua por tempo indeterminado – afirmou Sally.

O presidente disse, também, que há um impasse político que prejudica as negociações. Segundo ele, o Ministério da Justiça defende a categoria dos delegados da Polícia Federal.

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– Reestruturar a carreira dos policiais, faz com que o nosso salário se aproxime ao dos delegados e eles não querem isso, dizem que pode interferir na hierarquia da corporação. O Ministério diz que não pode atender as duas categorias, o que atrasa a negociação – diz.

No início das paralisações, os policiais federais realizaram uma série de operações-padrão em rodovias, portos e aeroportos do País o que causou atrasos e congestionamentos.

Nas ações, o transporte de mercadorias chegou a ficar comprometido em alguns estados. No dia 17 de agosto, uma liminar foi deferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu as operações-padrão.

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A categoria integra os cargos de escrivães, papiloscopistas e agentes federais. Além da reestruturação da carreira e reconhecimento dos cargos de nível superior, a Polícia Federal também quer o aumento do efetivo.