Uma área de banhado de aproximadamente 50 mil metros quadrados foi atingida pelo vazamento de petróleo em um duto de Itapoá. Essa é a avaliação preliminar do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que acompanha a limpeza às margens da SC-416. Quase um mês após o incidente ainda não há previsão de quando o recolhimento dos resíduos vai terminar.

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O vazamento foi identificado no dia 22 de maio depois que os técnicos da rede de Itapoá notaram uma diferença na pressão do duto. Na ocasião, moradores também sentiram cheiro forte e chamaram os bombeiros para verificar a situação.

Furto de petróleo causa vazamento em oleoduto em Itapoá, no litoral Norte de SC

Após vazamento de petróleo em Itapoá, empresa finaliza reparo em oleoduto

O problema ocorreu próximo ao quilômetro 21 da rodovia no oleoduto Ospar, que sai de São Francisco do Sul e leva petróleo até a refinaria Repar, em Araucária, no Paraná, ao longo de 117 quilômetros. A suspeita é de o vazamento possa ter sido ocasionado por tentativa de furto através de uma ligação clandestina.

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Segundo o analista ambiental Luiz Ernersto Trein, do Ibama, é improvável que o petróleo chegue até o Rio Saí Mirim, que abastece a cidade de Itapoá. Barreiras de contenção e absorção do óleo foram colocados na área onde o produto se concentrou. Ele destaca que o ‘grosso do petróleo já foi recolhido, restando apenas a retirada de resquícios do produto’.

– O petróleo tende a se degradar com o tempo, mas é tóxico e prejudicial para a vegetação e os animais. Esse é um dano pontual, mas reversível. Em princípio não há tendência de que esse óleo se infiltre no solo, por ser heterogêneo, ele fica na superfície da água.

Técnicos trabalham para conter vazamento de petróleo em Itapoá, Norte de SC

A Transpetro, subsidiária da Petrobras e responsável pelas operações do duto, emite relatórios periódicos ao Ibama, de cinco em cinco dias. Nos relatórios estão contidas informações dos trabalhos realizados na área atingida e da qualidade da água em que o óleo derramou.

De acordo com a Transpetro, O oleoduto na zona rural do município está operando normalmente desde o dia 24 de maio. A companhia informa ainda que ‘equipes de contingência permanecem trabalhando na limpeza e recolhimento de resíduos na área atingida pelo vazamento’.

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Um inquérito policial foi aberto na Delegacia de Polícia Civil de Itapoá para investigar as causas do vazamento. A investigação foi remetida para a Divisão de Investigação Criminal (DIC) e segue em segredo de Justiça.

De acordo com o delegado Vinícius Ferreira, a perícia que deve apontar as circunstâncias do rompimento do duto ainda não foi encerrada. O inquérito ainda não tem prazo para ser concluído.